A prévia da Sondagem da Indústria de novembro sinaliza aumento de 1,6 ponto do índice de confiança dos empresários do setor em relação ao número final de outubro, para 112,8 pontos, segundo informou nesta segunda-feira (23) a Fundação Getulio Vargas.
Se o resultado se confirmar, será a sétima alta mensal seguida do indicador e “será o maior valor do índice desde outubro de 2010 (113,6 pontos)”, segundo informou a FGV.
A alta do resultado prévio da confiança é consequência de movimentos opostos entre as avaliações sobre o momento presente e as expectativas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual aumentaria 4,4 pontos, para 118,1 pontos (o maior valor desde dezembro de 2007, 118,9 pontos), enquanto o Índice de Expectativas recuaria 1,2 ponto, para 107,4 pontos.
O dado preliminar de novembro indica ainda relativa acomodação do Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (NUCI) com redução de 0,2 ponto percentual, para 79,6%. Em médias móveis trimestrais, o NUCI continuaria apresentando avanço pelo quinto mês consecutivo, de 77,8% para 79,2%.
O Senado aprovou nesta quarta-feira (18), em sessão remota, o projeto que autoriza a continuidade do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).
Se virar lei, essa será a terceira rodada de financiamentos do programa, criado em maio. Para isso, o texto ainda precisa do aval da Câmara dos Deputados.
A relatora, senadora Kátia Abreu (PP-TO), apresentou relatório inicial em que propunha juros mais altos para a concessão dos empréstimos. Durante a discussão nesta quarta, no entanto, a parlamentar optou por manter as regras originais do programa.
A decisão foi tomada sob o argumento de que os recursos reservados para o Pronampe são “crédito extraordinário” e não poderão ser “postergados” para o próximo ano.
De acordo com o projeto aprovado, a taxa de juros anual máxima será igual à taxa Selic (atualmente em 2% ao ano), acrescida de 1,25%, incidentes sobre o valor contratado. A proposta inicial era acrescentar à Selic 6%.
Segundo o projeto, o valor financiado poderá ser dividido em até 36 parcelas.
O Pronampe é destinado a microempresas com faturamento de até R$ 360 mil por ano e pequenas empresas com faturamento anual de R$ 360 mil a R$ 4,8 milhões.
Valor do empréstimo
Em relação ao valor que poderá ser emprestado aos pequenos negócios, as principais regras do programa foram mantidas:
O valor é de até 30% da receita bruta anual da empresa no ano passado, o que corresponde a, no máximo, R$ 108 mil para microempresas e R$ 1,4 milhão para empresas de pequeno porte;
Para novas companhias, com menos de um ano de funcionamento, há duas opções: o limite do empréstimo pode ser de até metade do capital social ou de 30% da média do faturamento mensal – neste caso, a média é multiplicada por 12 na hora do cálculo.
A lei em vigor para o Pronampe também dá a possibilidade de empréstimo aos profissionais liberais, desde que não possuam vínculo empregatício de qualquer natureza ou tenham participação ou sociedade em alguma empresa.
Neste caso, eles têm a chance de começar a pagar o empréstimo somente oito meses depois da formalização da operação de crédito. O valor do financiamento feito pelos liberais não pode passar de R$ 100 mil.
As micro e pequenas empresas podem usar os recursos obtidos para investimentos, para pagar salário dos funcionários ou para o capital de giro, com despesas como água, luz, aluguel, reposição de estoque, entre outras. O projeto proíbe o uso dos recursos para distribuição de lucros e dividendos entre os sócios do negócio.
Financiamento do programa
Em cada fase do programa, a União aumentou a participação no Fundo de Garantia de Operações (FGO) para dar suporte ao Pronampe. Na primeira etapa, o aporte foi de R$ 15,9 bilhões; na segunda, de R$ 12 bilhões. Agora, tanto o autor da proposta, Jorginho Mello (PL-SC), quanto a relatora, Kátia Abreu, estimam um aumento de R$ 10 bilhões no fundo, na cota do governo federal.
Esse fundo privado foi criado em 2009 e é administrado pelo Banco do Brasil. Ele garante operações de crédito a micro, pequenas e médias empresas, e também aos micro empreendedores individuais (MEI).
O valor de R$ 10 bilhões não está especificado no projeto. Os recursos que vão compor o fundo, para possibilitar a terceira fase, virão do dinheiro não usado em outra iniciativa, o Programa Emergencial de Suporte a Empregos. A lei determina que os bancos que não emprestarem os recursos desse programa terão de devolvê-los à União.
A legislação também diz que o montante devolvido servirá exclusivamente para pagamento da dívida pública, de responsabilidade do Tesouro Nacional. A relatora propôs excluir esse trecho da lei.
O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou hoje (17) que o emprego vai crescer em 2021, puxado pelo setor de serviços. Sachsida destacou que ainda existem R$ 110 bilhões de recursos a serem injetados na economia por meio do restante de pagamentos do auxílio emergencial e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
“O emprego vai crescer em 2021. Os dados são muito claros: o grosso do desemprego está vindo do setor informal. À medida que o setor de serviços retoma, rapidamente volta a contratar, à medida que o distanciamento social diminui, rapidamente tem a contração de informais”, disse Sachsida, em entrevista coletiva virtual para apresentar o boletim MacroFiscal da secretaria.
Sachsida disse ainda que o governo tem trabalhado para reduzir os custos da contratação formal. De acordo com o secretário, para cada R$ 1 mil pago em salários, o empregador tem custos de R$ 1,8 mil. “Quer dizer que o trabalhador recebe pouco, e empresário paga muito. Enquanto sociedade, vamos ter que endereçar essa questão. Há várias frentes para diminuir a burocracia, o custo de contração no Brasil.”
Ele ressaltou que é preciso fazer escolhas, como dar aos trabalhadores o direito de escolher se querem trabalhar no domingo à noite, por exemplo. “Vamos ter que devolver ao trabalhador o seu inalienável direito de escolher para quem e quando trabalhar. Se ele quer trabalhar, deixa ele em paz”, argumentou.
Recursos na economia
Segundo Sachsida, ainda restam R$ 45 bilhões de auxílio emergencial a serem pagos, que, somados com recursos ainda não sacados do FGTS, vão gerar R$ 110 bilhões na economia do país nos próximos meses.
Sachsida disse que o governo precisou gastar mais para enfrentar a pandemia de covid-19, mas ressaltou que a agenda de “consolidação fiscal” não foi abandonada. Ele enfatizou que o governo manterá o teto de gastos, fará privatizações e manterá o “enxugamento” dos bancos públicos. Ele explicou que as privatizações têm um processo lento porque, em uma democracia, é preciso “construir consensos”.
Segunda onda
O secretário afirmou ainda que a possibilidade de uma segunda onda de contaminações pelo novo coronavírus é “baixíssima” no Brasil. “Nossos estudos aqui na SPE [Secretaria de Política Econômica] indicam que a probabilidade de uma segunda onda é muito baixa. Vários estados já atingiram, ou estão próximos de atingir, imunidade de rebanho. Honestamente, acho baixa a probabilidade de segunda onda”, disse. Sachsida citou estudos recentes segundo os quais a “imunidade de rebanho” é alcançada quando 20% da população foi contaminada.
Questionado se o governo tem um plano para o caso de novas medidas de isolamento social, o secretário disse que prefere “não dar respostas concretas a perguntas hipotéticas”, mas destacou que é responsabilidade da secretaria ter sempre um plano de contingência.
“Algo concreto é a forma da retomada econômica. Desde outubro, o setor de serviço está cada vez mais forte e vai garantir a tração necessária para a economia”, afirmou.
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou hoje (17) que as previsões para a economia brasileira em 2020 e em 2021 poderão ser revistas para melhor, se for confirmado crescimento no terceiro trimestre deste ano.
Campos Neto lembrou que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) cresceu 9,47% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o segundo trimestre.
Para o presidente do BC, há melhora nas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) para este ano. E essa melhora pode influenciar também o resultado para 2021. “O terceiro trimestre vai ser muito importante para determinar a velocidade dessa revisão [nas projeções]”, disse Campos Neto, na abertura do 10º Congresso Internacional de Gestão de Riscos, organização pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Pandemia
Sobre a pandemia de covid-19, Campos Neto destacou que houve “grande explosão” no número de casos diários, principalmente na Europa. Ele citou os recordes de casos recentemente nos Estados Unidos – “talvez um reflexo do processo eleitoral”.
“Quando a gente olha na parte de óbitos, há uma evolução bem melhor, apesar de um aumento na Europa nas últimas duas semanas. Os leitos hospitalares começaram a ficar mais cheios, e alguns países começaram a anunciar novas medidas de distanciamento social. Mas a gente consegue acompanhar que, cada vez mais, as medidas de distanciamento social têm sido menos efetivas em termos de restringir a mobilidade”, afirmou.
Segundo Campos Neto, é preciso estudar o “custo benefício” dessas novas medidas para estimular o distanciamento social, que, em sua opinião, têm sido pouco efetivas. “Tem um ponto cultural, principalmente entre os jovens que, por uma razão ou outra, estão cansados e não estão seguindo à risca [as recomendações]. Acho que valeria um estudo de custo benefício”, enfatizou.
Inflação
O presidente do Banco Central voltou a afirmar que a inflação observada recentemente no Brasil é estimulada pelos preços de alimentos e de commodities, produtos primários com cotação internacional. Ele citou ainda o efeito da concessão do auxílio emergencial e a substituição de gastos com serviços por alimentação em domicílio.
Transferência de recursos
De acordo com o presidente do BC, as transferências de recursos para famílias no Brasil foram maiores do que para empresas, na comparação com outros países. Somente no Brasil e na África do Sul, houve mais transferências para as famílias do que para empresas, ressaltou Campos Neto, ao lembrar que aqui o auxílio foi desenhado para atender as famílias de “mais baixa renda”.
Campos Neto acrescentou que o nível de endividamento do Brasil é superior ao de outros países emergentes. “Claramente é uma situação de dívida que precisa ser endereçada”, alertou.
Seis a cada dez indústrias esperam aumentar o faturamento em 2021, informa pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada nesta terça-feira (17).
Segundo a entidade, 62% das empresas pesquisadas informaram que a previsão para 2021 é de aumento no faturamento.
O levantamento foi realizado pelo Instituto FSB Pesquisa a pedido da CNI e ouviu executivos de 509 empresas industriais entre 23 de outubro e 12 de novembro.
A maioria das empresas também informou que os negócios já retomaram o mesmo nível de produção do período que antecedeu a pandemia.
De acordo com a entidade,
70% das empresas declararam que os negócios estão no mesmo nível de produção de fevereiro;
69% declararam que já estão com o mesmo faturamento registrado antes da chegada da Covid-19 ao país;
73% declararam estar com o mesmo nível de emprego.
Apesar do faturamento no mesmo nível de fevereiro para quase 70% das empresas, 47% dos entrevistados afirmaram que ainda operam com uma margem de lucro menor do que antes da pandemia.
“A hipótese é que, mesmo com o aumento no faturamento, as indústrias têm sofrido com a alta das despesas com energia e insumos, por exemplo”, afirmou a CNI.
De acordo com os dados do levantamento, 45% das empresas declararam que a produção atual é maior que no período pré-pandemia.
A pesquisa perguntou ainda sobre as expectativas dos empresários para o próximo ano: 55% afirmaram acreditar que 2021 será de crescimento econômico; 12% preveem retração econômica em 2021.
O sistema bancário brasileiro começa a passar por uma transformação nesta segunda-feira, 16, com a chegada do Pix, o meio de pagamento instantâneo do Banco Central. Após 12 dias de operação restrita, na qual alguns clientes selecionados pelas instituições financeiras puderam testar o sistema, o Pix agora está disponível para todo mundo.
O novo sistema será mais rápido e prático que as transações feitas por DOC, TED ou boleto bancário e deve transformar o modo como o consumidor paga contas à vista, transfere valores e faz compras, dispensando o uso de cédulas e de cartões. Tudo será feito pelo smartphone.
Instituições financeiras e de pagamento com mais de 500 mil contas, que incluem os principais bancos do País,serão obrigadas a oferecer a opção a seus clientes – os sistemas hoje disponíveis, como o cheque e os pagamentos com cartões de débito, continuarão existindo.
Modelos equivalentes já funcionam em outros 50 países, como China, Índia e Reino Unido.
PELO MUNDO
Países que usam sistemas de pagamento instantâneo divididos pelo período de adoção do modelo
O Pix é um sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central. É um meio de pagamento, assim como são os boletos, a TED, o DOC, as transferências entre contas e os cartões de pagamento (de débito ou de crédito). A diferença é que o novo sistema permite que a operação seja feita em qualquer horário e com mais rapidez.
A expectativa do Banco Central é que as operações sejam liquidadas em até 10 segundos. Isso significa que, quando um cliente pagar um restaurante durante a madrugada com o Pix, o dinheiro cairá quase instantaneamente na conta do estabelecimento
O Pix não é um aplicativo, mas um meio de pagamento que será oferecido pelos prestadores de serviço de pagamento, como bancos e fintechs, em seus diversos canais de acesso, principalmente o celular.
As transações podem ser feitas entre pessoas físicas, entre pessoas físicas e empresas, entre empresas e entre pessoas físicas e o poder público. O serviço poderá ser usado, por exemplo, para pagar por uma faxina em casa, pelas compras na feira, no e-commerce ou para quitar a conta de luz.
As operações serão concentradas no celular, mas também poderão ser feitas pelo internet banking (computador). Desde que seja um smartphone, não há requisitos técnicos para o modelo do celular, é preciso apenas ter conexão com a internet.
LIMITES
Os parâmetros de valores para transferências e pagamentos por meio do Pix precisarão ser os mesmos de produtos concorrentes. Se um banco estabelece limite de R$ 20 mil para a TED de um cliente, esse também será o limite para o Pix. Se um cliente tem teto de R$ 5 mil para compras com cartão de débito, esse valor será a referência para pagamentos por meio do Pix. Com isso, o Banco Central busca fomentar a concorrência entre os diferentes produtos e garantir que os bancos ofereçam o novo modelo.
CUSTO
Quem fizer pagamento ou transferência pelo Pix não terá nenhum custo. No caso de pagamentos, a lógica será semelhante à do uso do cartão de crédito ou débito: o cliente não paga nada para usar o plástico numa compra.
Nas transferências, o Pix terá uma vantagem em relação à TED e ao DOC – o custo das operações será pago pelo recebedor. Assim, quando o cliente pagar uma conta, o estabelecimento comercial poderá ter de arcar com a despesa pela transação. Isso porque a instituição financeira responsável pela transferência terá um gasto – de R$ 0,01 para cada dez transações.
COMO FUNCIONA O PIX
As transações serão feitas principalmente por QR Code e pelo uso da chamada “chave Pix” (um dado pessoal previamente cadastrado), mas também há a possibilidade de fazer o preenchimento manual dos dados.
CHAVE PIX
O cliente pode registrar CPF, CNPJ, e-mail, número do celular ou ainda uma chave aleatória (formada por números, letras e símbolos gerados aleatoriamente), que ficará vinculado a uma conta. Com essa chave será possível receber e fazer transferências e pagamentos.
O cadastro da chave não é obrigatório. No entanto, o Banco Central diz que é “altamente recomendável” para receber um Pix. Ainda que o consumidor possa receber transações apenas informando os dados da conta, essa forma não tem a mesma praticidade da chave e pode causar demora na iniciação da transação.
Os clientes pessoa física podem ter 5 chaves para cada conta da qual forem titular, enquanto os clientes pessoa jurídica podem ter 20 chaves para cada conta do qual forem titular.
Quem tem mais de uma conta em instituição financeira ou de pagamento pode incluir todas no Pix, vinculando a cada uma delas diferentes chaves. Por exemplo, o número do telefone celular pode ser vinculado à conta corrente da instituição X; o CPF, à conta poupança da instituição Y; o e-mail, à conta de pagamento da instituição Z.
Não é possível vincular a mesma chave a mais de uma conta. No entanto, é possível vincular todas as chaves (CPF, número de celular e e-mail) a uma mesma conta. Dessa forma, quando o pagador iniciar o pagamento a partir de qualquer uma dessas informações, os recursos serão disponibilizados nessa mesma conta.
COMO FAZER O CADASTRO DAS CHAVES
Bastante difundido em alguns países, como a China, o QR Code – o Quick Response Code, ou código de resposta rápida – vai simplificar os pagamentos. Bastará ao cliente apontar um leitor do aplicativo do banco para o QR Code gerado pelo estabelecimento comercial, por exemplo, para pagar por um serviço ou produto.
Será como pagar com cartão de débito – mas sem o cartão, sem a necessidade de digitar senha e sem a demora para que o estabelecimento receba os recursos – essa será a versão estática do QR Code.
Com a versão dinâmica, o código será gerado pelo cliente, e não pelo estabelecimento. Com o QR Code dinâmico, será possível, por exemplo, que uma pessoa gere um código a ser lido por uma catraca de metrô, que abrirá ao reconhecer o pagamento.
O pagamento ou a transferência por meio do Pix também poderá ser agendado para uma determinada data futura. Por esse modelo, será possível, em tese, que um estabelecimento comercial ofereça compras parceladas “sem juros”, como um cartão de crédito. A oferta dessa modalidade, porém, é facultativa, o cliente deverá verificar se a instituição da qual é cliente oferece essa opção.
O pagador e o receber sempre vão receber um comprovante da transação pelo Pix. No caso do pagador, o comprovante deverá conter, no mínimo, o número da transação, o valor, a data/hora, a descrição da transação e as informações do destinatário (quem receberá o Pix).
O histórico das transações, assim como seus comprovantes, devem estar disponíveis no extrato da conta habilitada para fazer o Pix na instituição financeira.
ATENÇÃO AOS ERROS
Por serem quase instantâneos, os pagamentos e as transferências pelo Pix podem exigir atenção maior dos usuários. Após liquidada uma operação, eventuais devoluções somente poderão ser feitas com autorização do recebedor. Em outras palavras, um erro de transferência exigirá que o recebedor dos recursos reconheça o engano e faça o estorno.
SEGURANÇA: PIX SERÁ CENTRALIZADO NO BANCO CENTRAL
Todas as transações ocorrerão por meio de mensagens assinadas digitalmente e que trafegam de forma criptografada, em uma rede protegida e apartada da internet. Além disso, no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT), componente que armazenará as informações das chaves Pix, os dados dos usuários também serão criptografados. O sistema conta com mecanismos que impedem varreduras das informações pessoais e indicadores que auxiliam na prevenção contra fraudes e lavagem de dinheiro.
Como a chave estará vinculada no DICT a uma conta específica, os recursos irão para o destino correto em uma operação do Pix, sem necessidade de informar nome completo, números da agência e da conta, além do CPF ou CNPJ.
POSSIBILIDADE DE ACESSO À CHAVE POR TERCEIROS E ROUBO DE CELULAR
Apesar de as chaves serem compostas por dados facilmente conhecidos por terceiros, como número de celular ou e-mail, o Banco Central afirma que a segurança do sistema não fica comprometida porque o pagador precisa usar métodos de autenticação que já usa hoje na sua conta corrente, como senha numérica ou identificação biométrica e facial.
Sobre a possibilidade de o celular ser roubado ou furtado, o BC explica que o aparelho não está vinculado ao uso do Pix. O que é determinante do ponto de vista de segurança é a senha para acesso ao aplicativo da instituição financeira ou de pagamento.
Escolher a proposta mais vantajosa para a aquisição de duas licenças: 1) licença WINDOWS SERVER PER DEVICE CLIENT ACCESS LICENSE AND SOFTWARE ASSURANCE 3 ANOS 2) licença WINDOWS SERVER STANDARD PER CORE 2 LICENSES LICENSE AND SOFTWARE ASSURANCE 3 ANOS
O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 1,8% em setembro, na comparação com agosto, segundo divulgou nesta quinta-feira (12) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar de engatar a quarta alta seguida, o setor ainda não conseguiu recuperar o patamar pré-pandemia e continua mostrando recuperação mais lenta do que a observada no comércio e indústria.
“O volume de serviços ainda se encontra 18,3% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014 e 8% abaixo de fevereiro de 2020”, informou o IBGE, destacando que o ganho acumulado de 13,4% em 4 meses foi insuficiente para compensar a perda acumulada de 19,8% entre fevereiro e maio.
Embora o ritmo de recuperação tenha desacelerado em relação aos meses anteriores, o avanço de 1,8% foi a maior alta para um mês de setembro da série histórica iniciada em 2011.
Em relação a setembro de 2019, o setor recuou 7,2%, a sétima taxa negativa seguida nessa base de comparação.
Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, o setor de serviços ainda precisa avançar 8,7% para recuperar o patamar de fevereiro.
Perda de 8,8% no acumulado no ano e queda recorde em 12 meses
No acumulado no ano, setor ainda tem queda de 8,8% frente ao mesmo período do ano passado, maior perda já registrada para meses de setembro em toda a série histórica, iniciada em dezembro de 2012.
Em 12 meses até setembro, a perda acelerou para uma taxa recorde de -6%, vindo de -5,3% em agosto, chegando também ao resultado negativo mais intenso da série deste indicador,.
Desempenho por segmento
Setorialmente, 4 das 5 atividades mostraram avanço no volume na passagem de agosto para setembro. Apenas serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,6%) tiveram resultado negativo.
Variação do volume de serviços em setembro, por atividade e subgrupos:
Serviços prestados às famílias: 9%
Serviços de alojamento e alimentação: 9,1%
Outros serviços prestados às famílias: 10,9%
Serviços de informação e comunicação: 2%
Serviços de tecnologia da informação e comunicação: 1,4%
Telecomunicações: 0,3%
Serviços de tecnologia da informação: 3,2%
Serviços audiovisuais: 5,6%
Serviços profissionais, administrativos e complementares: -0,6%
Serviços técnico-profissionais: -1,9%
Serviços administrativos e complementares: 1,1%
Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: 1,1%
Transporte terrestre: 2,3%
Transporte aquaviário: 3,1%
Transporte aéreo: 19,2%
Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio: -2,9%
Outros serviços: 4,8%
O setor de outros serviços, que avançou 4,8% na comparação com o mês anterior, alcançou 6,1% no acumulado do ano, foi o único a superar o nível pré-pandemia, refletindo a alta nos serviços financeiros e auxiliares.
“As empresas nesse segmento vêm obtendo incrementos de receita desde o segundo semestre de 2018 em função da redução consistente da taxa Selic, que reduziu os ganhos com a poupança e levou os agentes econômicos a buscarem alternativas mais atraentes de investimentos, sejam de renda fixa ou variável. Neste sentido, empresas que atuam como intermediárias desse processo de captação recursos, tais como as corretoras de títulos e as administradoras de bolsas de valores, têm obtido ganhos expressivos de receita por conta da maior procura por ativos de maior rentabilidade”, explicou Lobo.
Serviços prestados às famílias acumulam queda 38,6% no ano
Os serviços prestados às famílias acumulam retração de -38,6% no ano, sendo que o segmento de serviços de alojamento e alimentação é o que acumula a maior queda do setor: -40,2%.
Segundo o IBGE, os serviços prestados às famílias são o segmento que ainda mais precisa avançar para voltar ao patamar pré-pandemia: 55,9%.
“Muitos trabalhadores ainda estão exercendo suas funções fora do local de trabalho e ainda há muitas pessoas que não estão saindo de casa nem viajando. Por isso, estabelecimentos como restaurantes e hotéis, além do transporte de passageiros ainda não estão funcionando em plena capacidade, atuando como limitadores de um processo mais acelerado de retomada tanto dos serviços prestados às famílias como do setor de transportes como um todo”, destacou Lobo.
Alta de 8,6% no 3º trimestre
Após duas taxas negativas seguidas, o setor de serviços avançou 8,6% na passagem do segundo para o terceiro trimestre.
No segundo trimestre, a queda havia sido de 15,5%, a mais intensa de toda a série histórica da pesquisa. Já no primeiro trimestre, a queda havia sido de 2,9%.
“Nos dois primeiros trimestres, tivemos uma queda acumulada de 18%. Então, apesar da taxa positiva do terceiro trimestre, ainda é um crescimento insuficiente para reverter as perdas passadas”, apontou o pesquisador.
Recuperação e perspectivas
Após o forte tombo da economia no 1º semestre, a atividade econômica vem mostrando reação no 3º trimestre, mas com um desempenho desigual entre os setores.
O setor de serviços foi o mais abalados pela pandemia de coronavírus e continua mostrando um nível de atividade bem menor do que o observado no comércio e na indústria, sobretudo nas atividades que envolvem atendimento presencial.
Analistas apontam que o desemprego elevado e perspectiva de término dos programas de auxílio devem limitar o ritmo de recuperação da economia na virada de ano. Pesam também nas perspectivas para o país, as incertezas ainda elevadas sobre a evolução da pandemia de coronavírus e as preocupações com a saúde das contas públicas.
O volume de vendas do comércio varejista brasileiro cresceu 0,6% na passagem de agosto para setembro deste ano. Essa é a quinta alta consecutiva do setor, que vem apresentando avanços desde maio.
Com isso, o patamar do comércio varejista, que já havia atingido seu nível recorde no mês de agosto, continua em crescimento. Os dados da Pesquisa Mensal de Comércio foram divulgado hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As vendas do comércio também tiveram alta de 2,8% na média móvel trimestral, de 7,3% na comparação com setembro de 2019 e de 0,9% no acumulado de 12 meses. No acumulado do ano, apresenta estabilidade.
Na comparação com agosto deste ano, houve alta em cinco das oito atividades pesquisadas: livros, jornais, revistas e artigos de papelaria (8,9%); combustíveis e lubrificantes (3,1%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (2,1%); equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (1,1%) e móveis e eletrodomésticos (1%).
Três atividades tiveram queda no período: tecidos, vestuário e calçados (-2,4%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,6%); e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,4%).
No varejo ampliado, que também analisa os segmentos de veículos e de material de construção, o volume de vendas cresceu 1,2% em relação a agosto deste ano, também a quinta variação positiva consecutiva. Os veículos, motos, partes e peças tiveram crescimento de 5,2% e os materiais de construção, de 2,6%.
O varejo ampliado também teve altas de 4% na média móvel e de 7,4% na comparação com setembro de 2019. Mas teve quedas de 3,6% no acumulado do ano e de 1,4% em 12 meses.
Na receita nominal, o comércio varejista teve altas de 2,1% na comparação com agosto, de 13,4% em relação a setembro de 2019, de 3,6% no acumulado do ano e de 4,2% no acumulado de 12 meses.
A produção industrial cresceu, na passagem de agosto para setembro, em 11 das 15 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam os dados divulgados nesta terça-feira (10).
Somente Mato Grosso (-3,7%), Rio de Janeiro (-3,1%), Pará (-2,8%) e Pernambuco (-1,3%) registraram queda em setembro. Dentre os 11 que registraram avanço, nove estados conseguiram recuperar totalmente as perdas acumuladas em função da paralisação das atividades impostas pelas medidas de contenção da pandemia do novo coronavírus.
No resultado geral do país, a produção industrial cresceu 2,6% em setembro – foi a quinta alta consecutiva, levando o setor a recuperar completamente as perdas acumuladas entre março e abril com os efeitos da pandemia.
Seis locais cresceram acima da média nacional: Amazonas (5,8%), São Paulo (5,0%), Espírito Santo (5,0%), Rio Grande do Sul (4,5%), Santa Catarina (4,5%) e Bahia (4,0%).
Os demais locais com alta no mês foram Minas Gerais (1,9%), Ceará (1,3%), Região Nordeste (1,1%) e Goiás (0,4%).
De acordo com o IBGE, o resultado de São Paulo, estado com o maior peso na indústria brasileira, representou o principal impacto positivo no índice nacional. Foi a quinta alta consecutiva da indústria paulista.
Segundo o gerente da pesquisa, Bernardo Almeida, a influência paulista veio do setor de veículos automotores, que também foi a principal atividade na média nacional. Com o resultado, o patamar de produção de São Paulo ficou 4,4% acima do registrado em fevereiro
“Apesar disso, a indústria paulista ainda está 18,4% abaixo do maior patamar de produção, que foi alcançado em março de 2011″, ponderou o pesquisador.
Já o segundo principal impacto positivo partiu do Paraná, que registrou alta de 7,7% – o maior resultado em magnitude no mês dentre os locais pesquisados.
A alta da indústria paranaense também foi a quinta seguida e foi puxada, além da indústria automotiva, pelo setor de máquinas e equipamentos.
Dentre os quatro locais que tiveram queda na produção em setembro, o destaque foi o Rio de Janeiro, que representou o principal impacto negativo para a indústria nacional no mês. O resultado da indústria fluminense foi impactado pelos setores de refino e extração de petróleo.
“O Rio de Janeiro vinha de quatro altas consecutivas, período em que acumulou um ganho de 19,8%. Porém, com o recuo do mês de setembro, o estado volta a ficar num patamar 2,6% abaixo do nível de fevereiro”, ressaltou o gerente da pesquisa.
O outro principal destaque negativo no mês foi de Pernambuco, que havia recuperado as perdas da pandemia em agosto, mas com a queda em setembro voltou a ficar abaixo do patamar de fevereiro.
Alta em 12 dos 15 locais na comparação anual
Em relação a setembro de 2019, 12 dos 15 locais pesquisados registraram alta na produção industrial. Na média nacional, o avanço foi de 3,4%, o o primeiro resultado positivo após dez meses de quedas, desde novembro de 2019”, conforme destacou o gerente da pesquisa, Bernardo Almeida.
Segundo o pesquisador, São Paulo também teve o principal impacto nessa comparação, com uma alta de 4,9%, puxada pelos setores de produtos alimentícios, com maior produção de açúcar (cristal e VHP), e derivados de petróleo, com aumento principalmente na produção de óleo diesel, óleos combustíveis e gasolina automotiva.
Os avanços mais intensos nesta base de comparação foram alcançados, além de São Paulo, por Amazonas (14,2%), Ceará (8,5%) e Pará (8,1%). Santa Catarina (7,6%), Pernambuco (7,5%), Rio Grande do Sul (5,8%), Goiás (5,3%) e São Paulo (4,9%) também tiveram taxas positivas mais elevadas do que a média nacional.
Também tiveram alta Minas Gerais (3,3%), Paraná (3,2%), Região Nordeste (3,2%) e Rio de Janeiro (0,8%).
Já as quedas foram registradas por Espírito Santo (-11,0%), Mato Grosso (-6,2%) e Bahia (-1,9%).