IBGE revisa para 1,8% crescimento do PIB de 2018

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) em 2018 foi revisado de 1,3% para 1,8%. “Essa revisão decorreu, principalmente, da incorporação de novos dados, advindos da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) e de dados do Imposto de Renda, para o conjunto das atividades de serviços (+0,6%), em particular para outras atividades de serviços (+2,0%). Os serviços respondem por cerca de dois terços da economia brasileira”, explicou o IBGE.

De acordo com o instituto, as altas foram insuficientes para reverter a queda acumulada no biênio 2015-2016, de 6,7%. Em valores correntes, o PIB em 2018 atingiu R$ 7,004 trilhões, o que equivale a um PIB per capita de R$ 33.593,82, que cresceu 1,0%. Conforme o IBGE, esse patamar é próximo, em termos reais, ao observado em 2010.

O IBGE informou que o crescimento em 2018 foi resultado de um aumento de 1,8% do Valor Adicionado Bruto (VAB), com destaque para o grupo serviços, que cresceu 2,1%. “Em 2018, 11 dos 12 grupos de atividades econômicas registraram crescimento ou estabilidade, sendo a única queda registrada na atividade Construção”.

O consumo das famílias avançou 2,3% e, em termos nominais, e a despesa de consumo final do governo cresceu 4,9%.

A agropecuária cresceu 1,3% e contribuiu com 0,1 ponto percentual para o crescimento do Valor Adicionado. A indústria teve variação positiva de 0,7%, contribuindo com 0,2 ponto percentual. Já os serviços, que respondem por dois terços da economia brasileira, cresceram 2,1% e foram responsáveis por 1,5 ponto percentual dos 1,8% de crescimento do VAB. 

Nas outras atividades de serviços, houve variação positiva de 3,5% ou 0,6 ponto percentual no crescimento do VAB. O destaque foi para os serviços de alimentação (+4,9%), saúde privada (+4,4%) e outras atividades administrativas e serviços complementares (+3,3%).

O comércio subiu 2,6% e contribuiu com 0,3 ponto percentual para o crescimento. O comportamento foi influenciado pelo comércio de veículos, que registrou alta no volume das margens de comercialização de automóveis (+16,4%), caminhões (+63,5%) e peças para veículos (+8,3%).

As atividades imobiliárias avançaram 3,3% ou 0,3 p.p. no crescimento do VAB e sofreram impacto, principalmente, do crescimento da produção do aluguel efetivo e serviços imobiliários (4,0%) e do aluguel imputado (2,9%).

A atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos subiu 3,7%, em grande parte por causa do aumento em volume da produção (+1,9%) acima do consumo intermediário (+0,5%), em consequência do menor uso das termelétricas em relação a 2017.

A construção, que mantém desde 2014 uma série de resultados negativos, foi o único grupo de atividades com queda em volume no VAB em 2018, com desempenho de -3,0%

Depois de quatro anos seguidos de queda, a formação bruta de capital fixo (FBCF) da economia brasileira registrou seu primeiro resultado positivo (5,2%) e somou R$ 1,1 trilhão em 2018. A taxa de investimento (FBCF/PIB) teve elevação de 0,5 p.p. em relação ao ano de 2017 e atingiu 15,1%. Naquele ano tinha anotado a menor taxa da série iniciada em 1995.

As informações integram o Sistema de Contas Nacionais 2018, que agrega novos dados, mais amplos e detalhados, do próprio IBGE e de fontes externas, que revisam as Contas Nacionais Trimestrais.



Fonte: Agência Brasil

Índice Nacional da Construção Civil tem alta de 1,71% em outubro

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) subiu 1,71% em outubro e ficou 0,27 ponto percentual acima da taxa de setembro, quando registrou 1,44%. O resultado, divulgado hoje (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é a maior elevação do ano. De janeiro a outubro, o índice acumula aumento de 6,13% e nos últimos 12 meses a alta chega a 6,48%.

Os acumulados no ano atingiram 9,97% em materiais e 1,89% em mão de obra. Em 12 meses os acumulados foram de 10,01% nos materiais e de 2,55% na mão de obra.

De acordo com o IBGE, o crescimento de 3,17% da parcela de materiais influenciou a alta dos custos, com aumento generalizado em diversos produtos, acelerando as elevações já registradas em julho (0,48%), agosto (1,60%) e setembro (2,55%).

O gerente da pesquisa, Augusto Oliveira, disse que as maiores altas em cinco produtos causaram impacto no item materiais, levando à taxa mensal de 1,71%. “Em outubro, dos cinco produtos com maiores altas, três eram do grupo de vergalhões – arames e barras de aço – os outros foram bloco/telhas cerâmicas. Esses dois grupos registraram variações médias nacionais, respectivamente, de 9,06% e 7,62%. Cimento e esquadrias metálicas também apresentam variações acumuladas expressivas, com médias nacionais de 21,65% e 21,89% respectivamente”, observou.

O Sinapi de outubro mostra ainda que a parcela de mão de obra tem se mantido estável e registrou taxa de 0,04%. Com isso, teve desaceleração de 0,16 ponto percentual (p.p), em relação ao mês anterior (0,20%) e 0,07 p.p. na comparação com a taxa de outubro de 2019 (0,11%).

Augusto Oliveira informou que na mão de obra, houve um acumulado de janeiro a outubro de 1,89%, e em 12 meses, de 2,81%. “As taxas mensais da mão de obra estão próximas da estabilidade, variações mais altas são registradas quando há homologação de acordos coletivos nos estados”, acrescentou.

O índice mostrou ainda que o custo nacional da construção, por metro quadrado, ficou em R$ 1.229,72, sendo R$ 666,03 relativos aos materiais e R$ 644,38 à mão de obra. Em setembro, era R$ 1.209,02. Os custos regionais, por metro quadrado, atingiram R$ 1.243,85 no Norte; R$ 1.151,11 no Nordeste; R$ 1.277,56 no Sudeste; R$ 1.277,25 no Sul e R$ 1.222,25 no Centro-Oeste.


Regional

Todos os estados da Região Nordeste registraram alta significativa na parcela dos materiais. Os destaques foram Sergipe (3,24%), Bahia (2,93%), Pernambuco (2,91%) e Alagoas (2,35%). O Nordeste teve a maior variação regional em outubro (2,07%). O Norte foi a segunda mais alta, 1,86%, seguida do Sul 1,77%, Sudeste 1,52% e Centro-Oeste 1,17%.

Conforme o IBGE, Sergipe, pela segunda vez consecutiva, foi o estado que apresentou a maior variação mensal (3,24%), com alta observada na parcela dos materiais.



Fonte: Agência Brasil

Micro e pequenas empresas contratam 443 mil no terceiro trimestre

As micro e pequenas empresas mostram recuperação de fôlego após o pior período da crise econômica, entre os meses de março e junho. O segmento foi o que mais demitiu no pior momento da pandemia de covid-19 no Brasil, fechando pouco mais de 1 milhão de postos de trabalho, contra aproximadamente 605 mil das médias e grandes empresas.

No entanto, as micro e pequenas empresas geraram 443 mil empregos nos meses de julho, agosto e setembro, enquanto as maiores criaram 245 mil vagas no mesmo período.

O levantamento, feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), mostra a rápida capacidade de reação das micro e pequenas empresas diante de crises. Considerando o acumulado do ano (incluindo os meses anteriores à chegada da covid-19), os dados mostram que, entre demissões e contratações, as pequenas empresas tiveram saldo melhor, com cerca de 40 mil demissões a menos que as médias e grandes empresas.

“As micro e pequenas empresas são o motor da economia. Para sairmos mais rapidamente da crise, será fundamental continuar apoiando esses empresários. Isso passa por uma série de medidas, desde o apoio para que as empresas consigam digitalizar suas vendas até a ampliação da oferta de crédito, que é um oxigênio vital para mantê-las operando”, afirmou o presidente do Sebrae, Carlos Melles.



Fonte: Agência Brasil

Setembro registra venda média diária de R$ 29,5 bilhões, 20% maior que no ano passado

A média diária de vendas no Brasil em setembro, incluindo todos os setores (comércio, indústria, serviços), foi de R$ 29,5 bilhões, valor 20% maior que o registrado no mesmo mês do ano passado e, portanto, antes à pandemia, informou nesta terça-feira (3) a Receita Federal.

Na comparação com agosto deste ano, o valor médio diário das vendas aumentou 10,2%. As números estão em boletim e têm como base as notas fiscais eletrônicas emitidas no período.

De acordo com a Receita, o resultado de setembro também é o mais expressivo de todo o ano de 2020. Na indústria, as vendas cresceram 16% (leia mais abaixo).

O aumento expressivo nas vendas foi verificado em todas as regiões do país, com destaque para a região Norte, onde a alta foi de 33,1% em relação ao mesmo mês do ano passado.

  • Norte: média diária de R$ 2,02 bilhões, alta de 33,1%;
  • Centro-Oeste: média diária de R$ 3,71 bilhões, alta de 26,5%
  • Nordeste: média diária de R$ 3,39 bilhões, alta de 22,4%;
  • Sul: média diária de R$ 6,14 bilhões, alta de 22%;
  • Sudeste: média diária de R$ 14,24 bilhões, alta de 15,5%.

Esse aumento nas vendas ocorre em meio à forte injeção de recursos pelo governo federal para minimizar os efeitos da pandemia da Covid-19 na economia brasileira.

De acordo com o Siga Brasil, ferramenta do Senado onde é possível pesquisar dados sobre execução orçamentária, até o dia 1º de novembro o governo já havia desembolsado R$ 469,7 bilhões em ações relacionadas ao enfrentamento da pandemia, a maior parte com o auxílio emergencial distribuído a trabalhadores informais: R$ 229 bilhões.

O pagamento do auxílio emergencial em meio à pandemia tem sido apontado como um dos principais fatores de alavancagem das vendas de produtos básicos e também de material de construção.

De acordo com o boletim da Receita, as vendas no seguimento de material de construção somaram R$ 66,2 bilhões em setembro, alta de 35,28% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Esse aumento da demanda têm contribuído para a disparada nos preços de alguns itens e também para pressionar a inflação. Em resposta, na semana passada o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que estuda reduzir o tributo sobre a importação de material de construção.


Setores

De acordo com o boletim da Receita Federal, a venda média diária da indústria brasileira em setembro foi de R$ 15,6 bilhões, valor que é 10% maior que o registrado em agosto deste ano e 16% maior que o verificado em setembro de 2019.

Já no comércio, a venda média diária de R$ 11 bilhões registrada em setembro é 10,7% superior à de agosto e 24% maior que a de setembro do ano passado.

Se considerado apenas o comércio eletrônico, informou a Receita, o aumento foi de 57,2% em relação a setembro do ano passado. Na comparação com agosto deste ano, porém, o boletim mostra que houve estabilidade (alta de 1,6%).



Fonte: www.g1.globo.com

Novembro Azul – Mês de combate ao câncer de próstata

Por isso, o Confere reforça o movimento do Novembro Azul para alertar os homens sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata, segunda principal causa de morte por câncer em homens no Brasil.

O câncer de próstata ocorre principalmente em homens mais velhos. Seis em cada 10 casos são diagnosticados em homens com mais de 65 anos, sendo raro antes dos 40 anos. A média de idade no momento do diagnóstico é de 66 anos.

Trata-se de uma doença grave, mas diagnóstico precoce aumenta as chances de cura em até 90%. Por isso, faça os exames preventivos e cuide da sua saúde para continuar atuando e conquistando o seu espaço no mercado de trabalho!

Vendas nos shoppings podem alcançar nível pré-pandemia em dezembro

Nada mal para um segmento que teve todos os 577 empreendimentos fechados em abril, durante a quarentena, e que mesmo após a reabertura nos meses seguintes ainda tem horários restritos de funcionamento.

Níveis. Levantamento da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) mostra que as vendas no fim de outubro chegaram a 82% do registrado no mesmo mês do ano passado. O balanço da Multiplan, dona de 19 estabelecimentos, apresentou vendas em 80,8% dos níveis pré-pandemia em outubro, com perspectiva de alcançar 85% em novembro.

Cautela 1. A estimativa de normalização das vendas, porém, enfrenta riscos. Um deles é a possível falta de produtos, já que as indústrias ainda lidam com desabastecimento pelas paralisações da quarentena e alta nos preços de insumos, comprometendo a retomada.

Cautela 2. Outro risco é a potencial nova onda de contaminações no Brasil, como tem acontecido na Europa. França e Alemanha voltaram a limitar as horas de abertura e o fluxo em lojas, bares e restaurantes.



Fonte: Estadão

CNI diz que setores mais otimistas são os de borracha e metalurgia

O Índice de Confiança do Empresário (Icei), edição de outubro, registrou alta em todos os 30 setores analisados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na comparação com setembro, houve aumento em 13 setores industriais e recuo em 16.

O setor que teve maior pontuação foi o de produtos de borracha (64,8 pontos), seguido por metalurgia (64,5); produtos de minerais não metálicos (64,1); e produtos de metal (exceto máquinas e equipamentos (64).

Segundo pesquisa da CNI, os setores com menor confiança foram os de biocombustíveis (54 pontos); obras de infraestrutura (54,3); equipamentos de informática, produtos eletrônicos e outros (56,7); couros e artefatos de couro (57,4); e produtos de limpeza, perfumaria e higiene pessoal (57,4).

O Icei varia de zero a 100 pontos. Quando acima de 50 pontos, ele indica confiança por parte do empresariado. Quanto maior for o índice, maior a confiança do setor.


Comparação

Os setores que apresentaram maior alta, na comparação com o levantamento anterior, foram os da indústria extrativa, que aumentou 3,8 pontos, atingindo 63,7; produtos de metal (alta de 3,4 pontos, chegando a 64); e o de impressão e reprodução de gravações, que cresceu 3 pontos, chegando a 58,6 pontos.

Já as maiores quedas ficaram com os setores de equipamentos de informática, que declinou 6,3 pontos; o de biocombustíveis (queda de 4,6 pontos); e o de produtos de material plástico, que apresentou queda de 3,9 pontos, ficando com 61,1 pontos.



Fonte: Agência Brasil

Apoio emergencial do BNDES a empresas na pandemia alcança R$ 105 bi

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) atingiu R$ 105 bilhões concedidos como apoio emergencial desde o início da pandemia do novo coronavírus, em março deste ano. O recurso foi destinado a 258 mil empresas brasileiras que respondem pela geração de 8,5 milhões de empregos. Em entrevista hoje (27) à Voz do Brasil, o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, revelou que a prioridade foram micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), que constituem 96% do total de empresas atendidas.

“São números muito substanciais. Estamos bem satisfeitos com o resultado desse trabalho, com uma inovação do banco em um momento difícil para nós, brasileiros. Mas a boa notícia é que esse recurso, que começou como recurso para atravessar a crise, no presente momento, os dados que a gente enxerga e olha para os próximos meses, se tornou um recurso para a retomada”. De acordo com Montezano, o dinheiro que era dirigido para pagar o salário atrasado, o fornecedor que ia ficar vencido, “já está virando dinheiro para capital de giro para chegar nesse Natal que se aproxima”.


FGTS

Também com o propósito de reduzir os efeitos do novo coronavírus, mais R$ 20 bilhões foram repassados do Fundo PIS-PASEP, administrado pelo BNDES, para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), para que os trabalhadores pudessem fazer saques emergenciais, direcionando parte desses recursos para o consumo, o que movimentou a economia e os pequenos negócios, em especial. Com isso, as medidas emergenciais do BNDES na pandemia somam R$ 125 bilhões.

Gustavo Montezano explicou que o BNDES tinha uma dívida de R$ 20 bilhões com o Fundo Garantidor do FGTS. “E a gente entendeu que agora era o momento oportuno. O Brasil precisava, o trabalhador precisava. Então, a gente transferiu esse recurso para o FGTS poder pagar os trabalhadores no momento em que eles mais tinham necessidade. Foi um apoio direto do BNDES ao trabalhador brasileiro”, afirmou.

As ações emergenciais voltadas ao setor público somaram R$ 3,9 bilhões em suspensões de pagamentos de estados e municípios. O presidente do BNDES informou que os pagamentos que deveriam ser feitos este ano foram postergados. Isso significa que os empréstimos concedidos começarão a ser pagos somente a partir de janeiro de 2021. “Assim, os prefeitos e governadores têm recursos para pagar o salário dos servidores, fazer os gastos de saúde da crise, pagar os fornecedores das prefeituras e estados. Foi um apoio muito importante que o banco contribuiu durante esse momento que passamos”. Por outro lado, o BNDES agilizou liberações de financiamentos contratados por estados no montante de R$ 225 milhões. Para o setor privado, a suspensão de pagamentos de financiamentos totalizou R$ 12,6 bilhões. Foram beneficiadas cerca de 28.600 MPMEs e 499 grandes empresas.


Impactos

Gustavo Montezano afirmou que ele e sua equipe se dedicam a analisar como o BNDES pode melhorar a vida dos brasileiros, promovendo investimentos que tenham impacto social e ambiental. “Como a gente faz isso? Preparando projetos, modelando a infraestrutura. A gente atua como um preparador de projetos de grandes obras de construção, iluminação pública, energia elétrica, saneamento, rodovia, todo esse arcabouço de infraestrutura que o Brasil tanto precisa”. Enfatizou que o BNDES atua tanto na preparação e apoio aos estados e ao governo federal na modelagem, como no financiamento. Completou que, além de melhorar a vida do cidadão na ponta, com qualidade de vida, o banco gera emprego na execução dessas obras.

Para financiamento ao setor elétrico, com o objetivo de evitar aumento maior de tarifas, o consórcio formado pelo BNDES e outras 15 instituições financeiras contratou R$ 15,3 bilhões na Conta Covid. O banco participa com R$ 2,7 bilhões desse total.


Saneamento

Na área do saneamento, em especial, Montezano revelou que a estimativa é que a universalização do saneamento no país demandará recursos entre R$ 600 bilhões e R$ 700 bilhões. A carteira de projetos do banco, atualmente, totaliza R$ 50 bilhões a R$ 60 bilhões. “Estamos falando de 10% do volume necessário para universalizar o saneamento no Brasil. Essa é uma agenda prioritária para o banco”, assegurou. Segundo o presidente do BNDES, a universalização do saneamento básico vai melhorar a educação, a saúde, além de impulsionar o desenvolvimento da região atendida. “É uma medida prioritária para o Brasil que vai mudar, de uma vez por todas, a desigualdade social no país”.

Montezano explicou, por outro lado, que a elaboração de um bom projeto de saneamento requer análise de engenharia ambiental e modelagem de um contrato de concessão, que é um trabalho muito técnico e pesado. Alertou, entretanto, que se esse trabalho for bem feito, “traz um grande valor para a sociedade. O banco atua modelando esses projetos junto com estados e municípios, e também financiando, uma vez que as obras se iniciem”. Reiterou que essa é uma prioridade chave para o banco e para o Brasil. “E tem tudo para mudar a nossa questão da desigualdade social em todas as regiões do país”.


Medidas

Entre as medidas emergenciais adotadas pelo banco, destaque para o Programa Emergencial de Acesso a Crédito (PEAC) que transferiu R$ 71,1 bilhões em créditos garantidos, desde seu lançamento em junho, para 89 mil empresas. Desse valor, R$ 66 bilhões foram direcionados a pequenas e médias empresas.

Um total de 46 agentes financeiros está habilitado a contratar empréstimos com a garantia do Tesouro Nacional via Fundo Garantidor de Investimentos, que é o modelo do PEAC. Essas instituições financeiras decidem quando utilizar a garantia do programa e avaliam o pedido de crédito, no momento em que cada uma das operações é estruturada.

Na linha PEAC Maquininhas, os empréstimos oferecidos por agentes financeiros com base no movimento das maquininhas de cartão somaram R$ 105 milhões aprovados para 3.300 clientes. Já na linha Crédito Pequenas Empresas, que oferece crédito para capital de giro, foram aprovados R$ 8 bilhões, resultando em 24.600 empresas apoiadas. Também o Programa Emergencial de Suporte ao Emprego (PESE) aprovou, em duas etapas, R$ 7,3 bilhões em crédito.


Saúde

Além disso, o Programa de Apoio Emergencial ao Combate da Pandemia do Coronavírus aprovou R$ 293 milhões para a área da saúde. Os recursos permitem a abertura de até 2.900 leitos de UTI e enfermaria, compra de 1.700 equipamentos médicos, como monitores e ventiladores pulmonares, e 4 milhões de kits de diagnósticos contra a covid-19. Uma outra iniciativa, envolvendo a ação de financiamento coletivo Matchfunding Salvando Vidas, para aquisição de materiais, insumos e equipamentos para Santas Casas e hospitais filantrópicos do país, arrecadou R$ 74 milhões, dos quais a metade foi aportada pelo BNDES.



Fonte: Agência Brasil