Atacarejo cresce e já domina 40% da venda de alimentos

E a perspectiva é de que esse modelo ganhe ainda mais participação, chegando a 50% das vendas nos próximos anos. “Em meio à pressão inflacionária, o único formato que conseguiu ser resiliente foi o atacarejo”, comenta Roberto Tamaso, sócio da McKinsey. Segundo o especialista, o estudo deixa claro que, no futuro próximo, não há perspectiva de que a sensibilidade do consumidor ao quesito preço venha a diminuir.

“Os consumidores estão dispostos a comprar produtos mais econômicos. O varejo terá de ter oferta de produto, e isso também abre a possibilidade para a marca própria”, diz o executivo. A pesquisa mostrou que 70% dos consumidores estão buscando melhores preços e que 40% se dizem abertos a comprar opções mais econômicas.


FAZENDO AS CONTAS

O aposentado Almir Cornachioni, de 62 anos, tem aumentado a frequência de visitas à loja do Assaí, no bairro Aricanduva, onde mora para driblar o aumento da inflação. “O atacarejo é mais barato. São quatro casas no mesmo quintal e oito pessoas da família, nos agrupamos para fazer as compras”, conta. A preferência, em tempos de orçamento apertado, tem razão de ser: segundo recente pesquisa da Nielsen, os produtos básicos são, em média, 15% mais baratos nos atacarejos do que em supermercados e hipermercados.

Como é aposentado e vive perto da unidade que frequenta, ele corre ao Assaí muitas vezes por semana, especialmente quando recebe cupons de desconto pelo WhatsApp. Ele tem ajudado até nas compras dos vizinhos. “Quando estou indo ao mercado, minha vizinha pede para ver o preço de alguns produtos. Eu mando o valor e às vezes ela me faz um Pix para eu levar para ela”, conta.

Em resumo, a McKinsey classifica o atacarejo como um vencedor na crise. “É um formato que deu certo e tudo indica que vai continuar a crescer”, afirma Bruno Furtado, sócio da consultoria. Depois de as grandes redes já terem avançado nas capitais brasileiras, a tendência agora é de avanço no interior dos Estados, comenta. Outra constatação é de que hoje o modelo faz parte do dia a dia de todas as classes sociais, e não só da baixa renda.

A musicista Geraldine Ruiz, moradora da zona morte de São Paulo, é cliente de atacarejo há cinco anos. “Quando tem algum produto com preço bom, preferimos comprar no atacado e estocar em casa, pois sabemos que a inflação vai salgar no mês seguinte. Produtos como óleo e café estão nessa estratégia”, comenta.

Sócio-fundador da consultoria em varejo Varese, Alberto Serrentino afirma que o atacarejo tem ganhado força no Brasil desde a crise de 2015. Na época, 47% das famílias brasileiras costumavam visitar essas lojas, porcentual que subiu para 65% no ano passado.

Serrentino diz que a agressiva abertura de lojas também auxiliou o setor. “O atacarejo ganhou muito por conta da expansão. Foi um formato agressivo em aberturas de lojas e migração, o que faz com que o market share (participação de mercado) cresça.”


FATURAMENTO

As mais de 2 mil lojas de atacarejo no Brasil faturaram R$ 230 bilhões no ano passado, segundo dados da Associação Brasileira dos Atacadistas de Autosserviços (Abaas) e da Nielsen IQ. A expansão do número de lojas foi forte: 26% apenas em 2021, especialmente nas regiões Norte e Sul, além dos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

No Norte, o grande nome do segmento é o Grupo Mateus, que tem colocado o pé no acelerador desde que abriu seu capital, em 2020. Hoje, o grupo possui 210 lojas. Mais da metade está no Maranhão, onde a rede foi fundada e detém 80% de participação no setor.

“Vamos entendendo as novas possibilidades de faturamento e onde é possível entrar com um determinado nível de competitividade. É um equilíbrio das contas e vamos preenchendo as rotas”, afirma Sandro Oliveira, diretor executivo da companhia.

Outra “onda” de novas lojas de atacarejo está vindo com a venda dos pontos do Extra Hiper para o Assaí – a bandeira de atacarejo pertence ao francês Casino, mas foi desmembrada do Grupo Pão de Açúcar (GPA) no Brasil. O Assaí, que tem hoje 216 lojas, prevê abrir mais 50 unidades neste ano, número recorde.

Diretor regional do Assaí, Luiz Carlos Araújo afirma que o modelo tem sido bem recebido por toda a parcela da população. Agora, uma das estratégias é agregar mais serviços às unidades, como o de açougue. “O cliente já exige um padrão melhor, mas não podemos perder a essência, que é de ser de custo baixo”, diz.

Já o GPA desistiu do formato de hipermercado. “Passamos por profundas mudanças e tomamos importantes decisões para o futuro dos negócios do grupo. Iniciamos o ano com a cisão do negócio de atacarejo (Assaí) e finalizamos um ciclo com a descontinuidade do formato de hipermercados do grupo no Brasil, suportados por uma análise de médio e longo prazos das tendências do varejo”, afirma o diretor de operações do GPA, Frederic Garcia.

Foi com a chegada de uma loja perto de casa que a advogada Maria Carolina Garcia mudou suas compras. Na região do Tatuapé, um Extra mudou para Assaí. Grávida no início da pandemia e trabalhando no setor da aviação, um dos mais afetados pela crise, buscou economia no atacarejo. “O que também gosto é que temos a possibilidade de outras marcas não tão famosas, mas também boas”, diz.



Fonte: www.uol.com.br

Nova Diretoria assume o Conselho Federal dos Representantes Comerciais

Em Reunião Plenária, no dia 23 do mês de março, no Windsor Guanabara Hotel, no Centro do Rio de Janeiro, foi realizada eleição e posse da nova Diretoria do Conselho Federal dos Representantes Comerciais (Confere), para o triênio 2022/2025.

Dos 24 Conselhos Regionais, 22 apoiaram a chapa única candidata ao pleito, “Renovação com Transparência”, que venceu com 92% dos votos.

Composição da nova Diretoria:

Diretor-Presidente: Archimedes Cavalcanti Júnior (presidente do Core-PE)

Diretor-Tesoureiro: Sidney Fernandes Gutierrez (presidente do Core-SP)

1º Diretor-Suplente: Hely Ricardo de Lima (presidente do Core-PA)

2º Diretor-Suplente: Francisco de Assis Philomeno Gomes Júnior (presidente do Core-CE)

Em seu discurso, o presidente eleito destacou foco e prioridade no representante comercial:

“Foco no representante comercial, foco nas empresas de Representação Comercial, na profissão e nesta atividade econômica. Iremos nos aproximar da categoria que representamos, encurtar distâncias e nos tornar relevantes, destruir os muros, construir pontes para que possamos trafegar numa mesma pista – representantes comerciais e suas entidades representativas.”

Assista à íntegra do discurso em nosso canal no Youtube.

2021 – Resolução nº 1.193/2021

Dispõe sobre a deflagração do processo eleitoral pelo voto direto para composição do Conselho Regional dos Representantes Comerciais no Estado da Paraíba – Core-PB, no triênio 2021/2024, aprovação do Regulamento Eleitoral próprio e nomeação dos componentes da Comissão Eleitoral e da Mesa Receptora/Apuradora.

https://www.confere.org.br/wordpress/wp-content/uploads/2022/03/RESOLUCAO-n-1193.pdf

2021 – Resolução nº 1.198/2021

Dispõe sobre a deflagração do processo eleitoral pelo voto direto para composição do Conselho Regional dos Representantes Comerciais no Estado do Rio Grande do Norte – Core-RN, no triênio 2022/2025, aprovação do Regulamento Eleitoral próprio e nomeação dos componentes da Comissão Eleitoral e da Mesa Receptora/Apuradora.

https://www.confere.org.br/wordpress/wp-content/uploads/2022/03/RESOLUCAO-n-1198.pdf

Representante comercial, aproveite o desconto de 10% até 31 de março

OUTRAS FORMAS DE PAGAMENTO (SEM DESCONTO)

O pagamento da anuidade poderá ser efetuado pelo representante comercial, pessoa física ou jurídica, em até 3 parcelas, sem desconto, vencendo-se a primeira em 30 de abril, a segunda em 31 de agosto e a terceira em 31 de dezembro do mesmo ano.

ATENÇÃO: O pagamento da anuidade de 2022 não quita débitos anteriores e não atesta a regularidade do registro profissional.

Para saber mais, consulte o seu Core.