Programa para ampliar produtividade das empresas é retomado

Lançado em fevereiro e interrompido pela pandemia de covid-19, o Programa Brasil Mais, que pretende aumentar a produtividade das empresas, foi retomado em outubro, informou hoje (27) a Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia. O programa pretende atender 120 mil companhias até 2022.

O Brasil Mais oferece consultoria, apoio técnico e capacitação em dois eixos: melhoria de gestão e adoção de tecnologias digitais. O primeiro eixo está disponível para micro e pequenas empresas. O segundo está disponível para indústrias.

Os cursos são oferecidos em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). O cadastro no programa pode ser feito no site www.gov.br/brasilmais. Ao inscrever-se, a empresa escolhe em qual dos eixos quer se inscrever, responde a um questionário de autodiagnóstico e é encaminhada para o atendimento, com assistência do Sebrae ou do Senai.

Na plataforma, gerida pela ABDI, as empresas interessadas terão acesso a serviços e atendimentos assistidos, ferramentas de autodiagnóstico e conteúdos exclusivos que ajudam na melhoria da gestão e da produtividade do negócio. Todas as ações serão oferecidas de forma gratuita.

O Sebrae oferecerá orientação técnica para inovação em temas gerenciais prioritários para cada empresa, com o emprego de 1 mil agentes locais de inovação. O Senai ofertará serviços de melhoria da produtividade industrial, com a aplicação de conceitos de manufatura enxuta e de digitalização da produção. Ao todo, mais de 1,3 mil especialistas em todos os departamentos regionais do Senai integrarão o programa.

Segundo o Ministério da Economia, as técnicas ensinadas pelo Senai permitem ganho médio de 20% de produtividade do trabalho, nas linhas de fabricação que receberem o serviço. No caso dos cursos do Sebrae, a empresa poderá optar por consultorias especializadas adicionais.

O Brasil Mais oferecerá também, de forma aberta e gratuita, conteúdos digitais, como manuais de melhores práticas produtivas e gerenciais, e-books, podcasts, links para cursos de capacitação e ferramentas de autodiagnóstico para avaliação de práticas das empresas.



Fonte: Agência Brasil

Esclarecimentos aos Representantes Comerciais (valor da anuidade)

Esta indagação é feita pelos representantes comerciais, pessoas físicas e jurídicas registradas em todo o país, sendo o Confere apontado pelos Cores como o responsável pelo reajuste.

Isso acontece, também, nos outros Sistemas de Conselhos de Fiscalização Profissional, em que, por força de suas respectivas leis de criação, compete, exclusivamente, aos Conselhos Federais, fixar os valores das anuidades que serão devidas aos Conselhos Regionais vinculados.

No caso do Sistema Confere/Cores, ao Conselho Federal dos Representantes Comerciais – Confere, cabe a responsabilidade de cumprir o que estabelece a Lei n° 4.886/65, no art. 10, VIII, fixando os valores das anuidades dentro dos limites determinados na própria lei, limites esses que, também por força de lei, são corrigidos anualmente pelo índice oficial de preços ao consumidor – IPCA/IBGE, calculado nos 12 (doze) meses anteriores.

Ademais, como as anuidades (contribuições) devidas aos Conselhos de Fiscalização Profissional têm natureza tributária, independe da vontade ou de eventual poder discricionário da Diretoria do Conselho Federal deixar de aplicar o reajuste previsto em lei, sob pena de ser responsabilizada pela omissão.

Cumpre ressaltar que foi aplicado às anuidades apenas o índice mínimo de atualização de 2,44%, sem qualquer acréscimo real, lembrando que as receitas dos Conselhos Regionais se destinam às suas atividades finalísticas em prol do fortalecimento e valorização dos representantes comerciais, bem como para a compra e conservação dos imóveis destinados às sedes dos Cores, que constituem propriedade da categoria profissional.



Manoel Affonso Mendes de Farias Mello
Diretor-Presidente do Confere

Intenção de consumo das famílias cresce 0,9% em outubro, diz CNC

Ainda fraco. Apesar do avanço, foi o menor patamar para um mês de outubro da série histórica, iniciada em janeiro de 2010. Em relação a outubro de 2019, o ICF recuou 26,4% em outubro deste ano, a sétima retração seguida nesse tipo de comparação.

Respiro. Na passagem de setembro para outubro, houve melhora na avaliação sobre a perspectiva profissional (+4,4%), momento para aquisição de bens de consumo duráveis (+2,1%) e nível de consumo atual (+1,2%). Por outro lado, o componente que avalia a renda atual caiu 0,9%, a sétima queda consecutiva, descendo a 76,3 pontos, o menor patamar da série histórica.

Insatisfeito. A Intenção de Consumo das Famílias permanece abaixo do nível de satisfação – de 100 pontos – desde abril de 2015. A CNC divulga mais detalhes do indicador a partir das 10h30 desta terça-feira, 27.



Fonte: Estadão

BC: volume total de crédito bancário sobe em setembro e juro médio recua

O volume total do crédito ofertado pelos bancos cresceu 1,9% em setembro, para R$ 3,809 trilhões, segundo números divulgados nesta segunda-feira (26) pelo Banco Central.

Em setembro, de acordo com o BC, houve aumento de 2,6% no volume total de crédito para as empresas, com saldo atingindo R$ 1,688 trilhão. A alta foi de 1,4% nas operações para pessoas físicas com o estoque somando R$ 2,121 trilhões no fim do mês.

Em doze meses, o crescimento do volume total do crédito bancário acelerou de 12,2% para 13,1%. A alta foi estimulada pelas operações com empresas, cuja expansão subiu de 16,6% para 18,3%, e também nas operações com pessoas físicas, que registraram aumento do crescimento de 8,9% para 9,3%.

O chefe-adjunto do Departamento de Estatísticas do BC, Renato Baldini, avaliou que o quadro geral é “bastante positivo”.

“Nós vemos crédito em expansão, alcançando diferentes segmentos da economia, desde grandes e pequenas empresas. Temos taxas de juros historicamente baixas e em declínio, e tudo isso em um cenário favorável em termos de inadimplência, que se encontra em níveis historicamente baixos também”, disse.

Baldini avaliou que as vendas do cartão de crédito à vista, nas compras de pessoas físicas, têm subido fortemente nos últimos três meses, indicando recuperação das vendas do comércio.

A taxa média de juros caiu no mês passado, englobando operações com cartão de crédito. No caso do cheque especial das pessoas físicas, houve aumento. (veja detalhes mais abaixo nessa reportagem).

De acordo com o Banco Central, as concessões totais de crédito somaram R$ 367 bilhões em setembro, uma elevação de 6,5%.

A taxa de inadimplência média registrada pelos bancos nas operações de crédito passou de 2,6% para 2,4% de agosto para setembro.

No caso das operações com pessoas físicas, a inadimplência caiu de 3,3% em agosto para 3,1% no mês passado. No caso das empresas, a taxa caiu de 1,8% para 1,5% de agosto para setembro.


Linhas emergenciais de crédito

No acumulado deste ano, o aumento no crédito bancário está relacionado às medidas adotadas pelo Banco Central para liberar às instituições financeiras mais recursos destinados a empréstimos em meio à pandemia do novo coronavírus.

Ainda há relatos de dificuldades por parte de pequenos empreendedores em conseguir linhas de crédito emergenciais, ofertadas pelos bancos com garantia do governo federal, mas o acesso está aumentando nos últimos meses.

“No ano de 2020, o crédito para as micro empresas mostra um crescimento de 24,4%, para as pequenas de 17%, médias 10,6% e grandes 12,6%. Embora a gente não tenha uma pesquisa diretamente com as empresas para avaliar o quanto tem sido fácil ou não o acesso ao crédito, a partir dos dados que possuímos a impressão é do sucesso no alcance para esse segmento”, disse Baldini.

A segunda fase do Pronampe, a principal linha de crédito para micro e pequenos empreendedores, já está praticamente esgotada, e a área econômica confirmou recentemente que pretende lançar a terceira rodada de empréstimos por meio do programa.


Juros bancários

Os juros bancários médios com recursos livres de pessoas físicas e empresas, por sua vez, recuaram de 26,5% ao ano, em agosto para 25,7% ao ano no mês passado. O recuo não considera empréstimos habitacionais, rurais ou do BNDES. Nas operações com recursos livres, a instituição financeira tem autonomia para fixar a taxa de juro cobrada.

O chefe-adjunto do Departamento de Estatísticas do BC informou que a redução dos juros bancários médios em setembro está relacionada à queda da taxa básica da economia (Selic), que está no piso histórico, aos programas de crédito emergenciais com juros menores, e à menor utilização do crédito rotativo (que possui taxas mais altas).

Em setembro, nas operações para pessoas físicas, a o juro médio passou de 39% para 38% ao ano na comparação com agosto.

  • A queda do juro bancário no mês passado não englobou as operações com cheque especial, cuja taxa passou de 112,9% ao ano em agosto (6,5% ao mês) para 114,2% ao ano em setembro, o equivalente a 6,6% ao mês. Nesse caso, o BC adotou um teto para os juros.
  • No caso das operações com cartão de crédito rotativo, os juros bancários cobrados das pessoas físicas recuaram de 310,2% ao ano, em agosto, para 309,9% ao ano em setembro. Deste modo, mesmo com a pequena queda, a taxa segue em patamar proibitivo.

O crédito rotativo do cartão de crédito pode ser acionado por quem não pode pagar o valor total da fatura na data do vencimento, mas não quer ficar inadimplente. Essa é uma das linhas de crédito mais caras do mercado e, segundo analistas, deve ser evitada. A recomendação é que os clientes bancários paguem todo o valor da fatura mensalmente.

A queda dos juros bancários médios e das operações com pessoas físicas acontece em um momento de recuo da taxa básica de juros da economia. Em agosto, houve nova queda, para 2% ao ano (mínima histórica), patamar que foi mantido em setembro deste ano.

De acordo com o BC, o chamado “spread” bancário (diferença entre quanto bancos pagam pelos recursos e quanto cobram dos clientes) médio com recursos livres passou de 22,1 pontos percentuais, em agosto, para 21,1 pontos percentuais em setembro – uma queda de um ponto percentual.

Nas operações com pessoas físicas, houve redução de 34,2 pontos em agosto para 32,8 pontos em setembro deste ano.

Com isso, mesmo com o repasse da queda do juro básico da economia na parcial deste ano, o “spread” bancário ainda segue em patamar elevado para padrões internacionais.

O “spread” é composto pelo lucro dos bancos, pela taxa de inadimplência, por custos administrativos, pelos depósitos compulsórios (que são mantidos no Banco Central) e pelos tributos cobrados pelo governo federal, entre outros.



Fonte: www.g1.globo.com

Confiança do comércio volta ao patamar de otimismo após 6 meses

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), cresceu 10,5% em outubro e alcançou 103,1 pontos, voltando ao patamar de otimismo (acima de 100 pontos) após seis meses.

No comparativo anual, no entanto, houve queda de 15,1%. Segundo a CNC, a quarta alta mensal consecutiva ajudou o indicador a recuperar um total de 36,5 pontos desde junho, quando registrou a pior pontuação da série.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destacou a percepção cada vez mais otimista dos comerciantes, principalmente com a proximidade das festas de fim de ano. “Mesmo no contexto de pandemia, as perspectivas são de melhor desempenho do varejo no último trimestre, que será favorecido pelo aumento do faturamento com datas como a Black Friday e o Natal”, afirmou Tadros, em nota.

Os principais subíndices do Icec registraram crescimento, com destaque para o referente à satisfação dos comerciantes com as condições atuais (+27,9%), que chegou a 71,9 pontos – o terceiro avanço seguido do item, após cinco meses de quedas intensas. O indicador, contudo, ainda está 25,4% atrás do nível verificado em outubro de 2019.

Em relação à economia, os empresários do comércio se mostraram 37,7% mais satisfeitos do que em setembro. A economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, ressaltou que esta foi a terceira alta consecutiva do indicador, que atingiu 57 pontos, após queda de mais de 90 pontos desde o início da pandemia (entre março e julho).

“A percepção menos pessimista quanto ao nível atual de atividade econômica pode ser explicada pelos resultados recentes dos indicadores de atividade, que vêm apresentando dinamismo nos últimos meses, como o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que cresceu pela quarta vez seguida em agosto”, afirmou a economista.

Segundo a pesquisa, o indicador que avalia as expectativas para o curto prazo – o único acima dos 100 pontos – avançou pela quarta vez seguida (+4,9%), alcançando 147,7 pontos e indicando que os comerciantes estão otimistas em relação à economia (+6,3%) e ao desempenho do comércio (+4,7%) e da própria empresa (+3,8%).


Intenção de contratar

O índice que mede as intenções de investimento acumulou o terceiro aumento mensal consecutivo (+8,2%). O resultado positivo do indicador, que atingiu 89,7 pontos, foi puxado pelo aumento da intenção de contratação de funcionários, que retornou ao patamar positivo (acima de 100 pontos), subindo a 117,1 pontos após crescimento mensal de 14,2%.

Izis Ferreira chamou a atenção para o fato de que este é o maior nível do item em cinco meses. “A proporção de empresários do varejo que afirmaram ter pretensão de aumentar o quadro de funcionários cresceu novamente este mês, passando de 50,6%, em setembro, para 65%, em outubro”, indicou.

De acordo com a economista da CNC, todos os componentes da pesquisa parecem seguir a chamada retomada em V ou U, com exceção do indicador dos estoques. O índice foi o único a registrar queda mensal (-1%) em outubro.

“Isso pode indicar que o comerciante enfrenta algumas dificuldades conjunturais para a renovação dos estoques, seja por pressão de custos, com preços em geral e câmbio, ou por algum desequilíbrio de oferta e demanda, esta em função de mudanças temporárias do comportamento dos consumidores”, afirmou Izis.



Fonte: Agencia Brasil

Processo de Licitação nº 002/2020 – Contratação de Serviços Terceirizados – Brasília

Escolha da proposta mais vantajosa para a contratação de serviços contínuos com fornecimento de mão de obra exclusiva e uniformes, para os seguintes postos de trabalho: auxiliar de serviços gerais (limpeza e conservação) e auxiliar administrativo, conforme condições, quantidades e exigências estabelecidas neste Edital e seus anexos.

Edital

Anexo I – Termo de referência – Terceirização Brasília

Anexo II – Minuta de contrato

Anexo III – Termo de conciliação MPT e União

Anexo IV – Modelo de apresentação de proposta

Anexo V – Modelo de declaração de instalação e manutenção de escritório

Anexo VI – Modelo de autorização para a utilização da garantia e de pagamento direto

Anexo VII – Modelo de termo de vistoria e declaração de dispensa de vistoria

Anexo VIII – Contratos Firmados

Anexo IX – Convenção Coletiva 2020

Termo de adjudicação

Termo de homologação

Extrato de Publicação – Apostilamento Andracon – DOU

Confiança da indústria atinge maior nível em nove anos

O Índice de Confiança da Indústria brasileira teve uma alta de 4 pontos na prévia de outubro, na comparação com o número consolidado de setembro. Com isso, o indicador chegou a 110,7 pontos, o maior patamar desde abril de 2011 (111,6 pontos), segundo informou hoje (21), no Rio de Janeiro, a Fundação Getulio Vargas (FGV).

A alta de setembro para a prévia de outubro foi puxada principalmente pelo Índice da Situação Atual, que mede a confiança do empresário em relação ao presente e que subiu 5,9 pontos, chegando a 113,2 pontos.

O Índice de Expectativas, que mede a percepção dos empresários sobre o futuro, cresceu 2,2 pontos e atingiu 108,1 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (Nuci) subiu 1,7 ponto percentual e chegou a 79,9%, o maior desde novembro de 2014 (80,3%). O resultado consolidado de outubro será divulgado pela FGV em 28 de outubro.



Fonte: Agencia Brasil

Pandemia faz triplicar número de brasileiros que compram produtos domésticos pela internet, diz Serasa

Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (20) pela Serasa Experian mostrou que, diante da pandemia, quase triplicou o número de brasileiros que usam a internet para comprar produtos domésticos.

Segundo o levantamento, em março, quando tiveram início as medidas de distanciamento social para conter a disseminação do novo coronavírus no Brasil, 11% dos consumidores faziam compras online de itens domésticos, excluindo produtos alimentícios. Em julho, essa proporção saltou para 31%.

A compra de alimentos pela internet também aumentou no período. Segundo a Serasa, passou de 60% para 71% a proporção de consumidores comprando online alimentos para consumo em casa, seja produtos in natura ou refeições prontas.

“O cuidado com a saúde trouxe à população uma mudança de hábito que privilegia as compras e interações no ambiente virtual e essa tendência deve continuar após o isolamento social”, avaliou a diretora de Decision Analytics da Serasa Experian, Beatriz Raulino.

Segundo a Serasa, a expectativa é que as compras online aumentem 53% em até seis meses. A mesma pesquisa mostrou que 71% dos brasileiros afirmaram ter expectativa alta na entrega de uma experiência digital online.

“A mudança de comportamento trouxe maior conscientização para consumidores e empresários sobre o ambiente virtual. As pessoas estão mais atentas aos cuidados que devem ter ao realizarem compras ou transações nesse ambiente. As empresas perceberam que precisam de processos seguros e um atendimento eficiente para garantirem o retorno do cliente”, apontou Beatriz.

O levantamento mostrou, também, que os consumidores brasileiros apontaram maior confiança em fornecedores serviços de streaming (60%), seguido de fornecedores de tecnologia (56%) e sistemas de pagamento (55%).


Brasil lidera comércio eletrônico de produtos domésticos

A Serasa ouviu 3 mil pessoas em dez países para realizar o estudo sobre as mudanças nos hábitos de consumo diante da pandemia. Segundo a empresa, o Brasil lidera o maior crescimento de compras online de produtos domésticos.

Enquanto no Brasil o crescimento foi de 20 pontos percentuais (p.p.) entre março e julho, nos Estados Unidos foi de apenas 9 p.p., o segundo maior crescimento observado. Nos países da Ásia e Pacífico (Apac) e no Reino Unido, a alta foi de 5 p.p., enquanto nos países da Europa, Oriente Médio e África (Emea), de 4 p.p.

Os brasileiros se mostraram ainda mais adeptos às compras online de alimentos que os consumidores dos demais países pesquisados. Enquanto no Brasil 71% usam a internet para comprar comida em julho, nos Estados Unidos esse percentual era de 58%, no Reino Unido e Apac, 53%, e no Emea apenas 33%.


Economia na pandemia

A Serasa Experian enfatizou que a pesquisa apontou para uma mudança na relação dos consumidores brasileiros com o dinheiro. Um em cada quatro disse ter cortado gastos supérfluos.

Entre os entrevistados no país, 24% afirmaram que estão reduzindo gastos desnecessários e 21% estão economizando mais em fundos de emergência.

“Os momentos difíceis também podem ser boas oportunidades para reavaliar os hábitos de consumo. A educação financeira é muito importante para ajudar o consumidor a lidar com os seus recursos, principalmente em momentos adversos”, enfatizou a diretora da da Serasa Experian.



Fonte: www.g1.globo.com

Efeito pandemia acelera abertura de empresas por microempreendedores

A abertura de novas empresas, em especial os chamados MEIs, de microempreendedores individuais, deu um salto maior durante a pandemia do coronavírus. Pessoas que perderam o emprego ou tiveram salários reduzidos viram na criação de um negócio próprio a alternativa para obter renda extra. Com a redução ou o fim do pagamento da ajuda emergencial do governo, é possível que esse movimento siga em crescimento.

Dados do Mapa de Empresas, do Ministério da Economia, mostram que no segundo quadrimestre houve um saldo de 782,6 mil novas empresas, resultado da abertura de 1,114 milhão de CNPJs e de baixas de 331,5 mil. O número de aberturas, a maioria MEI, é o maior para o período desde 2010 e 2% superior ao do ano passado. Já o encerramento de atividades é o menor em quatro anos e também 17% abaixo do verificado no mesmo período de 2019.

Entre os novos microempreendedores, está Bárbara Camilo, de 31 anos, demitida em março após oito anos numa empresa de Belo Horizonte (MG). Junto com um casal de amigos que também ficou desempregado, ela abriu um MEI e, em junho, criou a Zé Donut. Eles começaram a produzir rosquinhas na própria casa, mas a clientela cresceu rapidamente e Bárbara decidiu alugar uma loja com mais equipamentos e espaço.

O casal preferiu não ir adiante e ela convidou o marido, que ficou desempregado um mês depois dela, e uma prima para se juntarem ao negócio. “Inauguramos a loja há 15 dias e já pensamos em ampliar, abrir espaço com mesas para que o cliente possa comer os donuts aqui e tomar um café”, diz ela.

O economista do Ibre/FGV Rodolpho Tobler afirma que o aumento de novas pequenas empresas já vinha ocorrendo nos últimos anos, mas teve impulso na pandemia. “As pessoas precisaram se reinventar, seja porque perderam o emprego ou precisam de renda extra.” Segundo ele, houve um processo de desburocratização para a abertura de empresas e, no caso do MEI, há benefícios para atrair a formalização de pequenos negócios, como cobertura previdenciária do INSS (aposentadoria por idade, auxílio-doença e salário-maternidade), ao custo de 5% do valor do salário mínimo.

Além disso, há incentivos estaduais. São Paulo, por exemplo, deu isenção de taxa de abertura de MEI por dois meses (até o próximo dia 25) e empresas de planos de saúde dão descontos para essa categoria.

“Com o auxílio emergencial caindo pela metade e a sinalização do governo de que pode acabar, as pessoas ficam cada vez mais com o orçamento apertado e começam a buscar novas fontes, e há uma proteção social com o MEI, mesmo que menor em relação a um trabalho com carteira assinada”, diz Tobler, que também vê no movimento de alta a retomada da economia, mesmo que lentamente.


Marketplace

O presidente do Sebrae, Carlos Melles, lembra também da parceria da entidade com o Magazine Luiza, que permite aos empreendedores oferecerem seus produtos no marketplace da rede. Segundo o Magalu, a iniciativa já atraiu cerca de 7 mil participantes, 60% deles MEIs, que venderam no último trimestre R$ 1,8 bilhão. O Sebrae também avalia parcerias semelhantes com as Lojas Americas e o Mercado Livre, além de ter projeto para um marketplace próprio.

Melles, porém, teme por uma alta significativa na extinção de empresas pela Receita Federal ainda este ano em razão de inadimplência. O Sebrae tenta negociar uma “moratória” das dívidas até o próximo ano.

O País fechou o segundo quadrimestre com 19,289 milhões de empresas ativas, sendo 90% de pequeno porte e MEIs. Em setembro, houve novo saldo positivo de 252,8 mil empresas.

O crescente número de microempreendedores também impulsiona outras empresas. A Compufour, de Concórdia (SC), oferece cursos e softwares de gestão e, em maio, criou o ClippMei, ferramenta específica para gerenciamento de MEI. O presidente da empresa, Wagner Müller, conta que atraiu 1,2 mil clientes até agora, além de registrar alta de 10% na clientela de micro e pequenas empresas.


‘Não volto mais a trabalhar em banco’

Bancária por 19 anos, Kellen Chagas teve o salário reduzido no início da pandemia com o corte das gratificações. O marido, o personal trainer Felipe Augusto, perdeu alunos e também viu o rendimento despencar. Para tentar garantir uma renda extra, decidiram vender risotos e tábuas de queijo, pratos que eles costumavam preparar e sempre eram elogiados por amigos.

“No começo, vendíamos de três a quatro pratos por dia, mas logo passamos para 12 a 15”, conta Kellen. O casal de Goiânia (GO), que prepara os alimentos em casa, abriu a empresa Adorê Comedoria. Há um mês, Kellen pediu demissão do banco para se dedicar ao negócio e foi convidada por um amigo para outro projeto, de transformar uma distribuidora de bebidas em gastrobar, local que serve bebidas, petiscos e tábua de frios.

“O bar foi inaugurado no dia 6 deste mês e tivemos, inclusive, de dar uma parada no Adorê, mas até o fim do ano vamos abrir um local físico para ele também”, informa Kellen, que diz já estar tendo retorno financeiro com os negócios.

“O bar tem bom movimento e até teremos um show ao vivo, tudo muito controlado”, afirma ela, que é formada em Economia e tem 39 anos. “Não volto mais para o banco.”


‘Meu sonho é ampliar e poder empregar mais’

A corrida pelo ambiente virtual provocada pela pandemia levou o estudante de 19 anos João César Nogari a despertar o desejo de ser microempreendedor na área de design e marketing digital. Com as aulas suspensas na faculdade e sem interesse em seguir o curso online, ele trancou a matrícula do curso de Administração, abriu uma MEI em agosto e passou a oferecer serviços como criação de sites, controle de rede social e identificação visual.

“Comecei fazendo para amigos, mas um foi falando para o outro e apareceram vários interessados”, conta Nogari, que hoje tem 20 clientes para os quais oferece serviços eventuais, e sete fixos. Com o trabalho, diz ele, ganha mais de um salário mínimo por mês e, como mora com a mãe em Curitiba (PR), não tem tantos gastos. “Dá para me manter, mas meu sonho é me profissionalizar, ampliar a empresa e poder dar emprego a outras pessoas.”

Aos 21 anos, Larissa Mello contratou a primeira funcionária em sua loja Fashion Seasons em Bom Princípio (RS). Ela abriu o MEI em março para vender roupas pela internet e em sua casa. No último dia 10 abriu a loja física. “Com CNPJ posso comprar de atacadistas”, diz ela, que mantém o emprego em uma empresa de jeans.



Fonte: Estadão