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Como evitar o novo Coronavírus no ambiente de trabalho?
Evitar contatos desnecessários e evitar lugares de grandes aglomerações.
Lenços descartáveis deveriam estar disponíveis em diversos locais do ambiente de trabalho para o empregado assoar o nariz ou tossir sem espalhar gotículas com vírus. Lixeiras com tampa precisam estar ao lado para jogar fora o papel adequadamente.
Se você está doente ou com febre e sintomas respiratórios, não vá ao trabalho.
Se não tiver um lenço à disposição, cubra a boca e o nariz com o antebraço ao tossir ou espirrar. E lave o braço assim que possível.
Dispensadores com álcool-gel devem estar disponíveis para uso em locais visíveis. Esses equipamentos também podem ser usados para colocar sabão líquido no banheiro.
Pôsteres que promovam a lavagem das mãos são mais uma boa medida para os empregadores adotarem. Combine essa medida com outras de comunicação sobre higiene manual e outras atitudes saudáveis no serviço.
Em viagens de trabalho
Assegure-se de checar as últimas informações sobre o avanço nos casos do novo coronavírus no local onde pretende ir.
Avalie os riscos e os benefícios da viagem. É possível postergar ou fazer uma reunião à distância?
Funcionários com condições médicas que aumentam o risco de complicações da covid-19 merecem atenção especial ao considerar se vale a pena viajar a um local com muitos casos. Exemplos: pessoas com diabetes e doenças pulmonares ou cardíacas.
Considere levar álcool-gel para a viagem e lave bastante as mãos.
Ao voltar de um lugar com surto ativo, fique especialmente atento aos sintomas dessa doença respiratória por 14 dias. A empresa também deve monitorar o indivíduo durante o período.
Se quaisquer sinais suspeitos aparecerem (tosse e até febre leve), fique em casa, evite contato próximo com os familiares e entre em contato com um médico.
Fonte: Ministério da Saúde



Em meio ao pânico, onde investir seu dinheiro para não perder patrimônio?
Na busca por investimentos seguros, o dólar passou a ser mais procurado, o que leva a moeda a subir e bater recorde atrás de recorde. Esse movimento em direção ao dólar é conhecido como voo para qualidade (em inglês, “flight to quality”).
“Sempre que temos momentos de grandes incertezas, vemos movimentos como este, de fuga para a segurança. O importante para o investidor passa a ser a preservação do patrimônio, mais do que a rentabilidade da aplicação.”
Enrico Cozzolino, analista de investimentos do Banco Daycoval.
Nesses momentos, prevalece a busca por investimentos que funcionam como reserva de valor. Veja alguns abaixo.
Ouro
A mais tradicional reserva de valor dos mercados, o metal sempre é procurado em momentos de incertezas, seja em períodos de guerras, de graves crises econômicas ou de desastres naturais. “Uma das características de momentos de voo para qualidade é que fica evidente a valorização de ouro e dólar, historicamente”, disse Cozzolino.
Dólar
O dólar é muito procurado nesses momentos porque é a moeda emitida pelo país com a maior economia do mundo, os Estados Unidos. O investidor procura dólar tanto para aplicar diretamente na moeda quanto para usá-la para comprar ativos norte-americanos, como títulos do Tesouro dos EUA.
Renda Fixa
Investimentos corrigidos por juros também são procurados em momentos de incerteza, mas somente aqueles emitidos por governos de economias desenvolvidas, em especial o dos EUA. São títulos semelhantes aos papéis emitidos no Brasil pelo governo federal e negociados no Tesouro Direto. A diferença está em quanto risco os mercados atribuem aos títulos de cada governo. Os dos EUA são considerados os mais seguros.
Fundo DI ou Tesouro Selic
Aqui no Brasil, enquanto você não precisar usar o dinheiro sacado, o dinheiro também pode ir para um ativo de liquidez diária, como fundo DI ou Tesouro Selic, dizem profissionais de mercado.
Eles destacam que cada aplicador deve levar em conta que os juros no Brasil continuarão baixos por mais tempo, e que a renda fixa não vai render muito mais que a inflação. Por isso, a Bolsa segue sendo uma das opções de ganho real para quem aplica olhando para prazos mais longos.
Investimento em ações é dos mais arriscados
Mesmo considerando esse horizonte, é importante saber que o mercado acionário é um dos maiores prejudicados em momentos de incertezas porque os investidores não conseguem prever o que pode acontecer. Hoje, por exemplo, a questão é saber se o impacto da queda do petróleo e da covid-19 sobre a atividade econômica será de curto prazo, durando não mais que um trimestre, ou se durará mais tempo.
No caso do coronavírus, por exemplo, algumas ações sofrem mais que outras, como produtoras de commodities, que vendem para a China, e companhias aéreas, por causa da redução no número de viagens internacionais.
Em relação ao petróleo, sofrem principalmente as petroleiras, como a Petrobras, que caiu ontem.
Como escolher o destino do seu voo para qualidade
Profissionais de mercado destacam que o destino do voo para qualidade não deve ser o mesmo para todo mundo. Ele varia conforme o perfil do investidor.
Quem vai sacar no longo prazo:
Para quem tem dinheiro na Bolsa para sacar daqui a cinco anos ou mais, não faz sentido retirar o dinheiro agora e assumir as perdas, dizem especialistas.
“Eventos pandemônicos historicamente não costumam alterar a perspectiva de longo prazo da economia.” Thiago Salomão, analista da Rico Investimentos.
Salomão cita estudo realizado por uma das maiores corretoras dos EUA, a Charles Schwab, mostrando que, em outros casos de surtos e pandemias ocorridos desde 1970 —como H5N1 (gripe aviária), Sars e H1N1 (gripe suína), as Bolsas retomaram a tendência de alta entre um e seis meses após o evento.
Quem vai sacar no curto prazo:
Quem aplica no curto prazo ou está perto de sacar o investimento para usá-lo —seja para comprar um bem ou para a aposentadoria— deve considerar cuidadosamente se vale vender as ações. O ciclo de baixa do mercado pode se prolongar e corroer mais ainda o ganho que o investidor havia tido até então.
Essa recomendação é mais forte para quem tem dinheiro nas ações que sofrem mais nesse momento, como as aéreas. Por outro lado, quem tem na carteira ações de empresas cujo desempenho depende menos do ambiente externo —como as companhias de eletricidade ou de saneamento— pode esperar mais, ou mesmo manter essas aplicações.
Fonte: www.uol.com.br
Confere e Core-MG conquistam apoio do deputado federal Rogério Correia, coordenador da Frente Parlamentar de Apoio aos Conselhos Profissionais de Classe
No dia 6 de março, o diretor-presidente do Confere, Manoel Affonso Mendes, o diretor-presidente do Core-MG, Álvaro Alves Nunes Fernandes, diretores do Core-MG e assessores dos Conselhos Federal e Regional, tiveram uma longa e produtiva reunião em Belo Horizonte, no escritório político do deputado federal, Rogério Correia (PT-MG), coordenador da Frente Parlamentar de Apoio aos Conselhos Profissionais de Classe.

Preço da gasolina no país recua 1,65% nos postos em fevereiro, diz ValeCard
O recuo nos postos ocorre após a Petrobras –que detém quase 100% da capacidade de refino do Brasil– ter reduzido em 12% os valores da gasolina vendida em suas refinarias neste ano, em meio a um recuo das cotações internacionais, que têm sido pressionadas por temores relacionados a demanda, devido ao coronavírus.
O repasse de ajustes dos combustíveis nas refinarias para o consumidor final nos postos não é imediato, pontuou a ValeCard. O movimento depende de diversos fatores, como consumo de estoques, impostos, margens de distribuição e revenda e mistura de biocombustíveis.
“A redução das cotações internacionais do preço do petróleo finalmente pode ser vista nos postos de combustíveis brasileiros… Em março, o cenário continua propício para mais reduções”, disse a ValeCard, em nota.
Com valor médio de 5,105 reais por litro, o Rio de Janeiro registrou o maior preço entre os Estados, enquanto o menor preço foi registrado no Amapá (4,201 reais), disse a empresa.
Obtidos por meio do registro das transações realizadas em fevereiro com o cartão de abastecimento da própria companhia, em cerca de 20 mil estabelecimentos credenciados, os dados mostram a capital com gasolina mais barata é Curitiba (4,287 reais), e a mais cara, Rio de Janeiro (5,088 reais), disse a empresa.
Fonte: www.extra.globo.com
Processo de Licitação n° 01/2020 – Contratação dos Serviços de Fornecimento de Coffee Break para a Reunião Plenária do Confere
06/03/2020 – Pregão Eletrônico nº 03/2020
Fundos que se destacaram em 2019 caem, mas cotistas não fogem
Os bloquinhos de Carnaval ainda estavam na rua quando surgiram as notícias de que o novo coronavírus se espalhava pelo mundo mais rápido que o esperado, o que levou a uma forte queda nos mercados internacionais. A bolsa brasileira reabriu na quarta-feira de cinzas despencando e o dólar subindo igual um foguete. Com esse cenário, muitos fundos multimercados e de ações sofreram perdas consideráveis. Levantamento feito pelo economista Marcelo d’Agosto (Valor Investe), a partir de dados da plataforma Morningstar, avaliou como os fundos que tiveram os maiores ganhos em 2019, das duas categorias, reagiram na semana passada.
A sangria tirou, em média, 4,17% do retorno dos fundos multimercados e 8,19% dos de ações, considerando os 15 de cada tipo. Dos multimercados, cinco que estavam até 21 de fevereiro (a sexta-feira anterior ao Carnaval) com rentabilidade positiva no ano, tiveram um revés e acumularam prejuízo em 2020 até 28 de fevereiro. Entre os de ações, a situação é mais crítica: apenas dois fundos continuaram subindo no fim de fevereiro no acumulado do primeiro bimestre, o Trígono Flagship Small Caps FIC FIA e o Lis Value FIA.
Performance dos Fundos de Ações que mais se destacaram em 2019

Fonte: Morningstar. Elaboração: Marcelo d’Agosto
Apesar da queda, não houve saída maciça de recursos, ou seja, o investidor, pessoa física e jurídica, parece ter segurado a mão antes de sair pedindo resgates. Dentre os 30 fundos, o que teve a maior saída proporcional ao patrimônio foi o Banrisul Ações FIA, cujo fluxo entre 26 a 28 de fevereiro (os dias sangrentos após o Carnaval) ficou ficou negativo em R$ 9,46 milhões, o que representa 3,8% do patrimônio que tinha em 21 de fevereiro. Em valor, o Equitas Selection FIC FIA teve R$ 45,45 milhões em resgates na semana passada, mas o montante equivale a menos de 1% de seu patrimônio total, de R$ 4,77 bilhões.
Na média, os 15 fundos de ações analisados tiveram um fluxo positivo entre 26 e 28 de fevereiro de R$ 3,35 milhões, ou seja, no fim, captaram mais do que sofreram resgates no período. Em número de cotistas, perderam 163. No caso dos 15 fundos multimercados, também houve uma captação líquida média de R$ 3,70 milhões, mas perda de 69 cotistas.
Performance dos Fundos Multimercados que mais se destacaram em 2019

Fonte: Morningstar. Elaboração: Marcelo d’Agosto
Quem mais perdeu
Dentre os 30 fundos avaliados, o “Logos Total Return FIC FIM”, da gestora Logos é o principal destaque, mas, desta vez, negativo. Dono de um invejoso retorno de 116,14% em 2019, o Total Return – o fundo aberto mais rentável do país no ano passado -, amarga perda de 31,52% em 2020 até 28 de fevereiro. Só nos três dias úteis da semana negra (26 a 28 de fevereiro) a carteira perdeu 17,16%.
Em entrevista Pedro Guerra, diretor de Investimentos da gestora Logos, explica que quase metade da perda na semana passada se deve à estratégia de câmbio do fundo, que está desde o fim do ano passado, comprado em reais, esperando a valorização da moeda brasileira. Nos dois primeiros meses deste ano, a moeda brasileira se desvalorizou 10,51% em relação ao dólar.
“No fim do ano, esperávamos que o real iria se valorizar porque ia entrar muito fluxo para o Brasil, já que estávamos com uma agenda de reformas em vista e novas empresas querendo abrir capital na bolsa. O cenário, porém, mudou e erramos nessa aposta”, comenta Guerra.
Além do medo causado pela epidemia de coronavírus, o gestor explica que diversos outros fatores complicaram o cenário, como o agravamento na crise na Argentina, nosso principal parceiro comercial para bens manufaturados e as discordâncias entre o Executivo e o Legislativo no Brasil, que levou muita gente a sair comprando dólar como forma de proteção de carteiras de investimento.
“A gente continua comprado em real porque acreditamos que, no nível atual, a despeito do coronavírus, está ainda mais assimétrico. A desvalorização é exagerada, descola do fundamento, o que dá para perceber quando vemos que o real é a moeda que mais perdeu em relação ao dólar entre os emergentes”, explica Guerra.
O Banco Central, que estava evitando interferir no mercado de câmbio, este ano já vendeu milhares de contratos de swap cambial para tentar segurar o avanço da moeda, que continua em uma tendência ascendente. Ontem, o dólar bateu novo recorde, atingindo R$ 4,5790 no fechamento.
A outra metade das perdas do fundo da Logos vem de bolsa. O trio Vale, Petrobras e Banco do Brasil, foram os grandes responsáveis pela performance ruim na semana passada (os dois primeiros caíram mais de 11% e o último, 4% nos três dias). Mesmo assim, as posições foram mantidas na carteira do fundo por serem as mais eficientes em seus setores, boas geradoras de caixa, e por continuarem atrativas, na opinião do gestor.
Outras empresas relevantes no fundo são as elétricas (como Energias do Brasil, Cemig, Eletrobras e CPFL), saneamento (Sanepar e Sabesp) e telecomunicações (Tim, Vivo e Oi).
“Já enfrentamos perdas no passado e sempre conseguimos recuperar. Temos grande convicção que vamos conseguir agora também”, comenta Guerra, se referindo a quatro períodos da história do fundo, sendo o mais recente, em dezembro do ano passado.
Apesar do forte tranco no pós-Carnaval, o fundo da Logos teve saída de apenas R$ 280 mil– o valor representa apenas 0,11% do seu patrimônio (R$ 245 milhões) e 39 cotistas pessoas físicas.
José Rocha, diretor de investimentos da Dahlia Capital, também reiterou ao Valor Investe que a turbulência da semana passada não muda sua crença na bolsa brasileira e nas posições que adota no fundo Dahlia Total Return FIC FIM.
“Não achamos apropriado mensurar a performance de qualquer investimento em um período tão curto. Seguimos com uma visão construtiva sobre a bolsa no médio prazo”, diz o gestor. Ele reitera que em fevereiro, tiveram captação líquida de R$ 45 milhões e 1.055 novos cotistas.
Na carta mensal que escreve aos clientes, Rocha explica ainda que o balanço de risco entre diferentes ativos e cenários cria um portfólio de investimentos mais eficiente. “Nosso cenário de médio/longo prazo ainda se mantém inalterado. No Brasil, ainda acreditamos que a economia deve ter um crescimento moderado, a inflação e os juros vão continuar baixos”, diz o gestor.
Ele comenta ainda que, em conversas com as diferentes empresas da bolsa, a equipe ainda vê um “impacto modesto” da epidemia no dia a dia delas e estima, “por ora”, um impacto baixo nas expectativas de lucro. Os preços das ações, reitera, são justamente reflexo de expectativas sobre os lucros das companhias.
Diz, por fim, que a queda das bolsas (o mandato do Dahlia não é limitado ao Brasil) trouxe um ajuste de preços “interessante” dos ativos, com oportunidades de compra em ações e em renda fixa.
“Vamos observar os eventuais impactos do coronavírus e as respostas dos governos. Acreditamos em uma recuperação dos preços dos ativos nos próximos meses, uma vez que os fundamentos das empresas que investimos continuam válidos”, finaliza.
A gestora Occam, em sua carta mensal, também diz que um fator para ser observado é a próxima reunião do Copom, comitê do Banco Central que decide sobre o juro básico da economia, a taxa Selic.
Para a equipe, apesar de o Copom ter comunicado, em fevereiro, que o cenário poderia levar à estabilidade da Selic por algumas reuniões, isso pode mudar na reunião de 17 e 18 de março.
“O ambiente de maior incerteza com a atividade, a dissipação do choque inflacionário de 2019, a manutenção de expectativas de mercado em torno ou abaixo da meta em todo horizonte de projeção, que revela a percepção de que este choque não é inflacionário, e a perspectiva de afrouxamento monetário em países centrais podem gerar uma reavaliação do cenário e do balanço de riscos, motivando cortes adicionais da Selic”, explica.
Citando a ação coordenada de alguns bancos centrais no mundo, como o americano, a gestora acredita que as curvas de juros futuros de curto prazo podem se beneficiar e, por isso, diminuíram o prazo médio da carteira de juros, tanto brasileira quanto externa.
“Em câmbio, nossa maior exposição está comprada em dólar contra o real através de uma estrutura de opções. Continuamos vendidos em euro, posição que foi reduzida ao longo do mês”, diz.
Sobre a bolsa, a gestora acredita que a expectativa negativa sobre a economia global deixou o mercado de ações menos atrativo no curto prazo e mais volátil. Por isso, reduziu suas exposições nas carteiras dos fundos e aumentou as estruturas de proteção, conhecidas como “hedge”
“Na parte doméstica, reduzimos a carteira, principalmente em papéis de commodities, com aumentos pontuais em algumas posições que enxergamos grande assimetria. Acreditamos que os capítulos de curto prazo referente ao coronavírus devam gerar muitas oportunidades, e estaremos focados em capturá-las”, finaliza.
Fonte: www.valorinveste.globo.com
Home office ganha adesão no país; veja direitos, cuidados e dicas para produtividade
O número de brasileiros que trabalham em esquema de home office, ou trabalho remoto, vem batendo recorde. A adesão aumentou com a alta do trabalho informal, mas também coincide com a reforma trabalhista, em vigor há dois anos, que regulamentou o trabalho em casa.
A prática, no entanto, exige cuidados por parte dos profissionais, que devem administrar o tempo para que não extrapolem a jornada e transformem sua casa em ambiente de trabalho. E as empresas devem se organizar para evitar problemas com fiscalizações e ações trabalhistas. Além disso, trabalhar à distância, longe do burburinho de colegas em um escritório, pode gerar desânimo e até solidão, justamente por não haver alguém para incentivar, dar opinião ou compartilhar experiências.
Levantamento divulgado em dezembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, em 2018, 3,8 milhões de brasileiros trabalhavam dentro de casa, o chamado home office. Trata-se do maior contingente de pessoas nesta condição de trabalho já registrado – resultado da alta informalidade no país.
De acordo com o IBGE, o home office correspondia a 5,2% do total de trabalhadores ocupados no pais, excluídos da conta os empregados no setor público e os trabalhadores domésticos. Na comparação com 2012, quando teve início a série histórica da pesquisa, esse contingente teve alta de 44,4%.
Já dados da Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades (Sobratt) revelam que cresceu 22% a adoção do home office pelas empresas entre 2016 e 2018. Foram consultadas mais de 300 empresas de diferentes segmentos e portes, com capital nacional e internacional, que empregam mais de 1 milhão de pessoas.
A pesquisa mostrou que 45% das empresas participantes praticam home office e 15% estão avaliando a implantação.
Os segmentos onde a modalidade apresenta maior representatividade (44% do total) são TI/telecom (28%) e serviços (16%). E as áreas são tecnologia da informação, recursos humanos marketing, controladoria/finanças e jurídico.
Os principais objetivos para a implantação do home office foram:
- melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores: 70%
- mobilidade urbana (rodízio de veículos e diminuição do tempo no trânsito): 63%
- concessão de benefício para os colaboradores: 47%
- atração e retenção de talentos: 47%
- redução de despesas com espaço físico: 36%
- despesas e aumento de produtividade: 33%
No entanto, o home office é adotado principalmente para níveis de cargos específicos como executivos, diretores, coordenadores e supervisores (52%). Já 25% das empresas adotam para todos os cargos, incluindo os de natureza operacional, e 23% para todos, menos os operacionais.
- 66% das empresas adotaram o regime parcialmente flexível, com carga horária definida, mas com flexibilidade de horário
- 22% adotaram a jornada completamente flexível, podendo trabalhar em qualquer horário, já que o trabalho é medido por atividade e resultado
- 18% adotaram o regime rígido, com hora para começar e terminar
Direitos trabalhistas
De acordo com Bianca Canzi, advogada especialista em direito do trabalho do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados, a reforma trabalhista alterou o regimento da modalidade de prestação de serviço, pois agora os empregados não são submetidos ao controle de jornada e não terão direito ao recebimento de horas extras. Contudo, nada impede que o controle de jornada e as horas extras sejam acordados mediante acordo individual.
A nova lei ainda não especificou quem deverá arcar com as despesas relacionadas à aquisição, manutenção e fornecimento dos equipamentos necessários para o trabalho, sejam tecnológicos ou referentes à infraestrutura. Dessa forma, essa responsabilidade deverá estar prevista no contrato de trabalho. Além disso, o empregado segue com todos os direitos trabalhistas previstos, como férias, 13º salário, aviso prévio e as verbas rescisórias previstas pela lei trabalhista.
A advogada ressalta que a lei deixa clara a responsabilidade do empregador de instruir os trabalhadores sobre as precauções que devem ser tomadas para evitar doenças ocupacionais e acidentes, o que deve ser feito de “maneira expressa e ostensiva”. O trabalhador deverá assinar um termo de responsabilidade, comprometendo-se a seguir as instruções repassadas.
“As empresas devem buscar a transição entre antigos e novos modelos, não apenas do ponto de vista tecnológico, mas de cultura interna para prevenir possíveis problemas na Justiça do Trabalho. Muitas têm buscado conciliar tanto o trabalho tradicional como o home office, ao permitir que empregados trabalhem em casa em alguns dias da semana ou apenas às sextas-feiras, por exemplo”, diz a advogada.
Gestão do home office
Para Renato Grinberg, diretor geral da Tiger Consulting, a gestão de funcionários deve envolver métricas e mecanismos para checar se as metas estão evoluindo conforme planejado, além de desenvolver alto grau de confiança entre líderes e funcionários e ter algum tipo de contato presencial de tempos em tempos para evitar uma desconexão com quem está trabalhando de casa.
Grinberg alerta que, para quem faz home office, além do risco de perder a disciplina e se tornar menos produtivo, existe outro risco que é o de transformar qualquer período em horário de trabalho.
Nesses casos, o home office acaba se tornando um “office at home”, ou seja, a casa do profissional se torna a empresa e isso acaba tirando os potenciais benefícios da modalidade.
“Para que isso não aconteçam a questão fundamental é manter disciplina com os horários. Exceções podem obviamente ocorrer, contanto que a exceção não vire a regra. Para aqueles que são mais quantitativos, a minha métrica é permitir até duas exceções por semana. Se ocorrer mais do que isso, cuidado. Talvez você não esteja trabalhando de casa e sim transformando sua casa em um ambiente de trabalho”, aponta.
Dicas para ser produtivo
Os profissionais que trabalham em casa precisam evitar uma série de distrações a fim de não perder o ritmo do escritório. Pensando nisso, Paulo Marchetti, CEO da Compara, marketplace de seguros e produtos financeiros que já investe na modalidade de trabalho fora do escritório, listou abaixo 5 dicas de produtividade para quem faz home office.
Crie a própria agenda, com horários pré-definidos
Fazer home office não significa, exatamente, trabalhar no horário de sua preferência. É importante alinhar um horário com a sua equipe, em que todos estarão online. Geralmente, as empresas respeitam as escalas de um dia normal de trabalho. Ter um comprometimento com uma hora para começar e terminar vai ajudar a estabelecer uma disciplina, além de evitar distrações como a TV ou pendências pessoais.
Reserve um local tranquilo e confortável para trabalhar em casa
É importante ter um lugar apropriado para trabalhar em casa, um espaço que seja cômodo, organizado e silencioso para que você se dedique às tarefas do dia a dia. Por isso, desconsidere opções como o sofá da sala ou a cama do quarto, já que eles podem acabar com qualquer desejo de cumprir com as demandas de trabalho. Monte uma escrivaninha ou crie um escritório na sala mesmo – e negocie com familiares para que a sua presença em casa não seja um sinônimo de disponibilidade para momentos de lazer ou tarefas domésticas.
Esqueça as distrações como TV e redes sociais
Estar em casa durante uma tarde inteira pode ser uma tentação se você é fã de séries ou ama um programa de auditório na TV. Caso você não trabalhe nessa área, é importante evitar essas distrações. Outro fator que pode dispersar no home office são as redes sociais. Se a vontade de entrar nelas for grande, estabeleça pausas periódicas no trabalho para fazer isso.
Vista-se de forma apropriada
A forma como você se veste diz muito sobre como enfrenta os desafios do trabalho e que tipo de mensagem gostaria de compartilhar com o time. Quando estiver em home office, mantenha o dress code de um dia normal no escritório. Vista-se de maneira apropriada, como se fosse ter uma reunião com um dos seus líderes na empresa. E, certamente, numa ocasião como essa, você não iria de pijama.
Respeite o fim do expediente
Se você tem um horário para começar a trabalhar, é também importante estabelecer um fim para seu expediente. Apesar de você estar em casa, não trabalhe até altas horas da noite. Respeite seu horário e concentre-se para realizar todas as tarefas dentro dele. Ao fim do dia, desligue seu computador e aproveite o tempo livre para se dedicar a compromissos pessoais.
Solidão
O home office pode ajudar a desencadear epidemia de solidão e perda de produtividade nas empresas, tornando-se o vilão da saúde mental nas organizações, aponta recente estudo realizado pela consultoria global de gestão estratégica A.T. Kearney.
A análise revela a tendência a uma epidemia de solidão entre os trabalhadores nos próximos cinco anos, e ela deve ter como gatilho, entre outros fatores, o uso indiscriminado do trabalho remoto. O estudo revela ainda que a geração mais jovem é a que se sente mais só e sugere políticas corporativas para gerar senso de pertencimento nos colaboradores.
Segundo a análise, fatores como as mudanças de padrões e comportamento nos ambientes mais modernos de trabalho e o uso excessivo das redes sociais, entre outros, darão a essa tendência de solidão o status de epidemia. E, além do impacto na saúde física e mental, ela também acarretará a perda de produtividade nas empresas.
De acordo com o estudo, a solidão e o reduzido senso de pertencimento no ambiente de trabalho devem impactar o ambiente corporativo como um todo. A análise indica ainda que o número de trabalhadores remotos cresceu 115% entre 2008 e 2018 em nível global, e são justamente esses colaboradores os mais propensos a desistir do trabalho por causa da solidão.
“É fundamental promover ações de socialização, como happy hours, reuniões e treinamentos presenciais para despertar nos colaboradores o sentimento de que eles são parte do grupo e importantes para a empresa”, sugere Sandra Strongren, gestora da área de Recursos Humanos da A.T. Kearney no Brasil.
“Outra boa prática é a adoção de programas de mentores. O colaborador escolhe alguém mais sênior para que seja uma espécie de tutor dentro da companhia. É para essa pessoa que ele pedirá conselhos sobre sua vida profissional”, diz Sandra, lembrando que esse tipo de política ajuda a desenvolver no funcionário os sensos de direcionamento, inclusão e propósito.
O estudo da A.T. Kearney aponta ainda que ter amigos no trabalho importa, especialmente para os profissionais mais novos. Segundo o levantamento, 74% da Geração Z (nascidos a partir de 1995) e 69% dos Millenials (1980 – 1994) dizem que tendem a ficar numa companhia quando têm mais amigos ali. Os índices caem para 59% dos trabalhadores da Geração X (1965 – 1979) para e 40% entre os Baby Boomers (1945 – 1964).
Impacto positivo
Pesquisa divulgada pela Catho revela que 25% dos entrevistados trabalham em casa pelo menos uma vez por semana. Veja abaixo:
- uma vez por semana (9%)
- de uma a duas vezes por semana (6%)
- de duas a três vezes por semana (3%)
- mais de três vezes por semana (7,5%)
Ainda de acordo com o estudo, a produtividade se destacou entre os profissionais que trabalham em home office. Para 72% os impactos são positivos, enquanto para 24,5% são neutros.
Para Maiara Tortorette, gerente da Catho, para um futuro próximo, o conceito de confiança será cada vez mais presente. A relação será construída por meio de resultados e entregas, sem ter como base as tradicionais 44 horas semanais dentro de um escritório.
“A inserção desse modelo de trabalho será inevitável, principalmente com a expansão dos negócios ligados à área de tecnologia. Na Catho, por exemplo, já incorporamos o trabalho remoto até três vezes por semana e, alguns times, já são formados remotamente, se interligando de diferentes locais do Brasil com um único propósito”, afirma.
Fonte: www.g1.globo.com
Revista do Confere – Edição nº 42 – Setembro/2019
Declaração do IR começa hoje. Saiba como declarar saque do FGTS e aplicações
— Embora o saque de FGTS seja rendimento isento de tributação, sua declaração é fundamental para que o Fisco acompanhe o fluxo de caixa do contribuinte — explica Antonio Gil Franco, sócio de impostos da EY (antiga Ernst & Young).O especialista alerta que, muitas vezes, o contribuinte usa recursos do FGTS na compra de um bem, como a casa própria. Se o recebimento desses recursos não estiver declarado no IR, a Receita pode questionar a origem do dinheiro usado na operação.
— Por isso é fundamental declarar saques de FGTS, que não são tributáveis, ou seja, não alteram o resultado da declaração — diz Antonio Gil.
Além disso, o contribuinte precisa incluir informações sobre suas aplicações financeiras. Seja no caso de renda fixa ou variável, esses dados são essenciais para não haver contestações futuras sobre o patrimônio declarado.
Os criptoativos, como o bitcoin, também devem ser informados. Como não há uma aba específica para esse tipo de investimento, deve-se usar “Bens e direitos”, mesmo campo onde são lançados os dados sobre investimentos em ações e renda fixa.
Está obrigado a prestar contas à Receita quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70.
FGTS
Independentemente da forma de resgate (seja o saque emergencial, seja a retirada total após perda do emprego), trata-se de rendimento isento, cuja declaração ao Fisco é obrigatória.
O contribuinte deve declarar o valor resgatado no ano-calendário (neste caso, o que foi sacado em 2019) na ficha “Rendimentos isentos e não tributáveis”, sob o código 04.
Renda fixa
Em “Bens e direitos”, selecione o código 45 (Aplicação de renda fixa – CDB, RDB e outros). Informar, em “Discriminação”, o produto e o nome e o CNPJ da instituição em que o investimento foi feito. Informe os saldos em 31 de dezembro de 2018 e 2019. Cada aplicação deve ser registrada individualmente.
Depois, informe o rendimento obtido em “Rendimentos sujeitos à tributação exclusiva/definitiva”, com o CNPJ da fonte pagadora (banco ou corretora). Caso o valor seja zero, não é preciso preencher.
Renda variável
Devem ser listadas na declaração as atividades de compra e venda de ações, com os respectivos ganhos e prejuízos. Em “Bens e direitos”, selecione o item 31 (ações). Em “Discriminação”, informe o nome e o CNPJ da corretora e a quantidade de ações detida em 31 de dezembro de 2019. Também é preciso preencher a posição (custo) em dezembro de 2018 e 2019.
Os investimentos em ações devem ser declarados pelo seu custo de aquisição. Eles independem, a título de IR, da valorização ou desvalorização do papel no ano.
Se o investidor obteve ganho superior a R$ 20 mil com a venda de ações em um determinado mês, terá de pagar 15% de IR até o último dia útil do mês seguinte.
Previdência privada
O VGBL também é declarado em “Bens e direitos”, sob o código 97 (Vida Gerador de Benefício Livre). Informe, obrigatoriamente, nome e CNPJ da instituição, número da conta e dados da apólice da aplicação, assim como os saldos em 31 de dezembro de 2018 e mesma data de 2019. O VGBL não pode ser abatido do IR.
No caso do PGBL e de outros planos fechados de previdência, como o Fundo de Aposentadoria Programada Individual (Fapi), o contribuinte consegue abatimento da renda tributável. Mas, para isso, é preciso fazer a declaração no modelo completo. O programa da Receita calcula o limite de dedução de 12% sobre os rendimentos tributáveis. Entre na aba “Pagamentos efetuados” e selecione o código 36 (Previdência complementar). Informe nome e CNPJ da entidade, além do valor pago.
Bitcoin
As criptomoedas são um ativo financeiro e, portanto, devem ser declaradas em “Bens e direitos” sob o código 99. Na descrição do bem, o contribuinte precisa informar a quantidade de moedas virtuais que possuía em 31 de dezembro de 2018 e 2019, por seu custo de aquisição.
Ganhos com a venda de bitcoin estão sujeitos a 15% de IR, pagos até o último dia útil do mês seguinte à ocorrência.
Fonte: www.extra.globo.com