Pequenos negócios de confecção de roupas têm grande potencial para exportação, aponta estudo

As micro e pequenas empresas do setor de confecção de roupas e acessórios são as que mais têm potencial para exportar seus produtos, segundo estudo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

De acordo com a pesquisa, as 10 atividades entre os pequenos negócios que têm maiores chances de se beneficiar do mercado internacional são:

  • Confecção de roupas e acessórios;
  • Fabricação de produtos alimentícios;
  • Conservas de frutas, legumes e outros vegetais;
  • Móveis;
  • Sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal;
  • Produção de lavouras permanentes (cultivo perenes, como café, maçã e laranja, por exemplo);
  • Laticínios;
  • Moagem, fabricação de produtos amiláceos e de alimentos para animais;
  • Fabricação de estruturas metálicas e obras de caldeiraria pesada;
  • Fabricação de instrumentos e materiais para uso médico e odontológico e de artigos ópticos.

“São negócios que possuem produtos com características territoriais muito fortes, que trazem a marca Brasil e suas diversidades, que despontam como oportunidades em potencial e que devem começar a analisar as possibilidades de exportação e a se preparem para ampliarem as suas fronteiras”, afirma Carlos Melles, presidente do Sebrae.


Confecção de roupas

Em 2019, o setor de confecção de roupas e acessórios contava com mais de 42 mil micro e pequenas empresas, responsáveis por quase 370 mil postos de trabalho formal, de acordo com o estudo.

A pesquisa mostra que as oportunidades de exportação estão, principalmente, em 18 estados: Alagoas, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

As confecções para uso feminino têm destaque no setor, principalmente com os seguintes produtos:

  • Camisetas de malha
  • Maiôs e biquínis
  • Calças
  • Shorts

Os principais destinos identificados como oportunidades para exportação dos produtos desses negócios são:

  • Argentina
  • Bolívia
  • Chile
  • Equador
  • Estados Unidos
  • Panamá
  • Paraguai
  • Peru
  • Portugal
  • Uruguai

“O potencial exportador para esses países pode ser explicado por aspectos como distância geográfica, posição de mercado dos produtos brasileiros e ambiente de negócios facilitado por acordos comerciais”, explica Melles.


Cenário

Em 2019, o Brasil ocupava a 27º posição na lista dos maiores exportadores mundiais, segundo ranking da Organização Mundial do Comércio (OMC). Naquele ano, as exportações do país alcançaram aproximadamente US$ 221,1 bilhões, com queda de 4,6% na comparação com 2018. Em 2020, as exportações do país registraram nova contração de 5,4%, totalizando o valor de US$ 209,2 bilhões.

O estudo ressalta que esses número correspondem a um panorama geral, com a principal atuação de grandes empresas, muitas multinacionais. Portanto, não representam padrões de atuação e acesso a mercados que possam ser facilmente adotados por micro e pequenas empresas.

“Cabe conhecer e analisar peculiaridades do ambiente de negócios pertinentes às micro e pequenas empresa, e identificar, em nível geográfico estadual, os setores que apresentam estrutura produtiva e que, apesar de ainda exportarem de forma tímida, possuem características que despontam como oportunidades em potencial”, aponta o estudo.

Melles ressalta a importância dos pequenos negócios à economia brasileira e para a geração de empregos no Brasil. Só entre janeiro e março deste ano, as micro e pequenas empresas criaram 587 mil novos postos de trabalho com carteira assinada no Brasil, 70% do total de empregos gerados no período.

Há, pelo menos, 50 setores em todos os estados brasileiros das cinco regiões com potencial para exportar, segundo a pesquisa.

“Esse trabalho tem a intenção de fazer com que os empreendedores, de acordo com o seu setor e território, conheçam melhor o mercado internacional e preparem seus produtos para ultrapassar as fronteiras”, afirma Melles.

O presidente do Sebrae explica que um dos pontos relevantes do estudo é que ele utiliza as distâncias entre os estados produtores e o país de destino para diminuir o custo logístico, além do idioma oficial do país de destino.

“Essa é uma das formas de medir a aproximação cultural, que tende a facilitar os negócios, especialmente para as micro e pequenas empresas que, em geral, possuem uma estrutura administrativa enxuta, sem um setor exclusivamente dedicado ao comércio exterior”, diz.



Fonte: www.g1.globo.com

CNC estima faturamento recorde do varejo para o Dia das Crianças

Pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada hoje (5), estima que a movimentação financeira do varejo para o Dia das Crianças, comemorado no próximo dia 12, deverá alcançar R$ 7,43 bilhões. Caso seja confirmada essa expectativa, será o maior faturamento do comércio varejista nacional para a data, desde 2015, quando atingiu R$ 7,52 bilhões. Essa é a terceira data mais importante do varejo, depois do Natal e do Dia das Mães.

No ano passado, a movimentação financeira para a celebração das crianças totalizou R$ 6,52 bilhões, menor resultado desde 2009, de R$ 6,18 bilhões, mostrando retração de 11,3% em relação a 2019, de R$ 7,35 bilhões. De acordo com economista sênior da CNC, Fabio Bentes, o avanço de 14% em 2021, já descontada a inflação, é atribuído à fraca base comparativa de 2020 sobre 2019, quando a receita das vendas somou R$ 7,35 bilhões. O economista acredita que, tal como aconteceu a partir de 2017 e observado nos anos anteriores, a tendência é de recuperação das vendas. “De 2017 em diante, as vendas vieram crescendo pouco, mas cresceram, e foram interrompidas por esse ano atípico de 2020 (devido à pandemia da covid-19)”, disse o economista.

A expectativa de expansão das vendas este ano, se deve ao aumento de 34% na circulação de consumidores registrado desde o fim da segunda onda da crise sanitária, em outubro de 2020, até o final do mês passado. “Isso aí é o lastro do otimismo no comércio. Foi assim também nas datas comemorativas pós segunda onda da covid-19. Desde o final da segunda onda, a gente observa um aumento contínuo na movimentação do varejo”.

Segundo a CNC, o ramo de eletroeletrônicos e brinquedos será mais uma vez o destaque das vendas para o Dia das Crianças, respondendo por 31% do volume projetado, ou o equivalente a R$ 2,31 bilhões, seguido pelo ramo de vestuário e calçados (R$ 2,21 bilhões), com crescimento real em relação à mesma data de 2020 em torno de 28% a 29%.

A análise regional revela que o estado de São Paulo se mantém na liderança absoluta, com movimentação financeira de R$ 2,68 bilhões, seguido por Minas Gerais (R$ 758,5 milhões), Rio Grande do Sul (R$ 687,2 milhões) e Rio de Janeiro (R$ 655,7 milhões). Juntos, os quatro estados deverão responder por 53,4% do total movimentado na data comemorativa. 

A pesquisa mostra, por outro lado, que as maiores taxas em relação a 2020 são esperadas no Espírito Santo (18,3%), Bahia (4,5%) e Paraná (4,4%), onde a recuperação do comércio se mostra mais forte do que nos demais estados.


Inflação

Fabio Bentes disse que apesar do aumento na circulação de consumidores, o varejo brasileiro terá dificuldades para evitar repasses aos preços de bens e serviços ao consumidor final diante da inflação anualizada de 10,1%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15). Os itens que compõem a cesta típica da data aumentaram 7%, maior taxa desde 2016 (8,8%). 

Segundo Fabio Bentes, “a crise ainda está nos calcanhares do comércio”. Entre os produtos e serviços mais demandados nessa época do ano, os maiores reajustes em 12 meses são observados nos preços de bicicletas (15,9%), doces (12,3%) e lanches (10,9%), de acordo com a CNC.


Alerta

Para o Dia das Crianças, o alerta do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) é que os pais estejam atentos à combinação de brincadeira com segurança, principalmente neste momento em que boa parte das compras é feita pela internet. A dica na hora de escolher brinquedos para crianças de até 14 anos de idade, sejam nacionais ou importados, é observar a faixa etária e se o produto tem o Selo de Identificação da Conformidade do Inmetro, porque isso significa que ele foi submetido aos ensaios de segurança exigidos pelo regulamento. O selo do Inmetro é obrigatório em brinquedos desde 1992 e considera itens de segurança como impacto e queda (bordas cortantes e pontas agudas); mordida (partes pequenas que podem ser levadas à boca); toxicidade (metais e substâncias nocivos à saúde); inflamabilidade (risco de combustão em contato com o fogo); e ruído (níveis acima dos limites estabelecidos pela legislação).

Para ajudar na hora da compra, o Inmetro resumiu algumas recomendações relativas à segurança. A primeira é procurar sempre pontos de venda legalmente estabelecidos; comprar somente brinquedos que contenham o selo de identificação da conformidade com a marca do Inmetro; o selo deve estar sempre visível, impresso na embalagem, gravado ou numa etiqueta afixada no produto; brinquedos importados também devem ser submetidos a ensaios em laboratórios acreditados ou reconhecidos pelo Inmetro, além de exibir o selo; os pais devem selecionar o brinquedo considerando a idade, o interesse e o nível de habilidade da criança; o brinquedo deve obedecer à idade indicada; na hora da compra, exigir a nota fiscal, tíquete do caixa, recibo ou equivalente que somente empresas legalizadas possuem.



Fonte: Agência Brasil

Serasa mostra que empresas pagam 51% das dívidas em até 60 dias

O indicador de Recuperação de crédito da Serasa Experien mostra que 51% das dívidas de pessoas jurídica são pagas em até 60 dias após a empresa ter sido negativada. Os dados, divulgados hoje (4), são referentes a abril, o último mês consolidado.

De acordo com a Serasa Experian, as dívidas de pessoas jurídicas seguem um padrão: as mais recentes tendem a ser quitadas em maior número do que aquelas com mais tempo de existência. Considerando compromissos vencidos há 30 dias em abril, 64,4% foram recuperados; de 30 a 60 dias. Com prazo de vencimento de 60 a 90 dias, a recuperação foi de 44,6%; de 90 a 180 dias, de 31,4%; entre 180 dias e o primeiro ano, de 26,4%; e entre um ano e mais anos, de 15,7%.

“Com o passar do tempo, as multas e os encargos financeiros vão encarecendo o valor das dívidas, e a situação financeira das empresas com dificuldades pode se agravar ainda mais, o que torna mais difícil a recuperação das dívidas mais antigas”, destaca o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.



Fonte: Agência Brasil

Pix: novo limite de R$ 1.000 para transações noturnas entra em vigor

Esse limite poderá ser alterado a pedido do cliente, mas as instituições deverão estabelecer prazo de 24 horas a 48 horas para a efetivação do aumento.

Os clientes terão a opção de cadastrar contas que poderão receber Pix acima dos limites estabelecidos, mantendo limites mais baixos para as demais transações.

Para o Procon-SP, as medidas ainda são insuficientes. O órgão se reúne amanhã (dia 5) com o BC para propor a limitação das transações a R$ 1.000 por mês. Outra proposta é que clientes dos bancos só possam usar o Pix após o prazo de 30 dias. Isso evitaria que contas de laranjas (abertas em nome de outras pessoas) recebam depósitos de criminosos.


Bancos

Mesmo antes desse prazo entrar em vigor, algumas instituições já tinham começado a se adaptar aos novos limites. No C6 Bank, os pedidos de aumento de limite só são efetivados às 10h do dia útil seguinte. No Itaú, o prazo para a alteração é de 24 horas. No Banco do Brasil, o limite só é elevado depois do cliente confirmar o pedido em outro canal de atendimento, como na agência bancária.


Mais restrições em novembro

A partir de 16 de novembro, os bancos poderão bloquear por até 72 horas as transações suspeitas com Pix. Segundo o BC, esse prazo de bloqueio permitirá que a instituição realize uma análise de fraude mais robusta, dessa forma aumentando a probabilidade de recuperação dos recursos pelos usuários que foram vítimas de algum crime.

“Sempre que o bloqueio cautelar for acionado a instituição deverá comunicar imediatamente ao usuário recebedor”, diz em nota o BC.

Os bancos também terão mais informações para ampliar seus mecanismos de prevenção a fraudes com Pix. A partir de novembro, as instituições ficam obrigadas a notificar infrações envolvendo o Pix. Até agora, essa funcionalidade era facultativa.

Também será criada uma nova funcionalidade que permitirá a consulta de informações vinculadas às chaves Pix para fins de segurança. “Assim, informações de notificação de fraudes vinculadas a usuários finais estarão disponíveis para todos os participantes do Pix, que poderão utilizar essas informações em seus processos como, por exemplo, abertura de contas.”



Fonte: www.6minutos.uol.com.br